Projeto de biometano de Prudente é referência e pode ser expandido para todo o Estado, diz Natália Resende

Secretária estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística visitou obra da Nécta Gás Natural e falou sobre os planos da pasta na sede deste diário

PRUDENTE - MELLINA DOMINATO

Data 18/06/2025
Horário 15:27
Foto: Assessoria de Imprensa
Secretária visitou ponto da Rua Cyro Bueno onde foi feito primeiro furo do projeto de biometano
Secretária visitou ponto da Rua Cyro Bueno onde foi feito primeiro furo do projeto de biometano

A secretária estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), Natália Resende, visitou nesta quarta-feira o ponto na Rua Cyro Bueno, no Jardim Morumbi, em Presidente Prudente, onde foi feito, na segunda-feira, o primeiro furo do projeto de biometano na cidade. A obra da Nécta Gás Natural no município, que prevê a instalação 40 quilômetros de rede de distribuição, apenas no perímetro urbano, ainda este ano, demonstra a potencialidade da região e do Estado, e a ideia será fomentada em todo o território paulista, indica Natália.

“O que a gente vê aqui hoje é uma coisa que a gente quer expandir, estender também para todo o Estado, quer que vire referência. E já tem servido muito de exemplo que está acontecendo aqui em Prudente, porque aqui você tem do setor sucroenergético, a produção do biometano”, argumentou a secretária, em visita à sede de O Imparcial, sobre o projeto que vai conectar mais de 5 mil residências, 50 estabelecimentos comerciais e oito plantas industriais, com estimativa do gás renovável produzido a partir da decomposição de resíduos orgânicos já estar disponível para uso até dezembro. 

“Tem um potencial de economia circular muito grande nessa questão. Olhando o setor sucroenergético, olhando resíduos, a gente gerar biogás, ir aumentando, colocando também no grid, dar escala, cada vez abastecer mais a indústria e chegar nesses números que a gente já estudou e viu que é plenamente possível”, complementa a responsável pela Semil.

Tais números citados por Natália correspondem aos resultados de um estudo feito pela pasta com a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) os quais apontaram que o Estado pode chegar a produzir 6,4 milhões de metros cúbicos/dia de biometano. “Isso é 40% do que a indústria precisa. Quer dizer que a gente pode abastecer metade da indústria de São Paulo com biocombustíveis, com energia muito limpa. E, de onde viria isso? 84% do setor sucroenergético, 16% do lixo, o que é bem interessante também”, explica.

A secretária também revela que, no ano passado, o Estado adotou o primeiro plano subnacional de energia do Brasil, com trajetória para emissões líquidas zero até 2050, chamado Plano Estadual de Energia 2050 (PEE 2050). “Nele, a gente estudou tudo, todas as rotas, todas as tecnologias. O que é que eu tenho vocação aqui no Estado? Então, já é uma vocação imensa do agro em relação ao etanol. Do agro eu consigo gerar, transformar em hidrogênio de baixo carbono. E o outro que a gente viu, que é até mais interessante por causa da escala, é o biometano, que tem uma potencialidade gigantesca aqui”, afirma. 

“Então, dentro desses 84%, a gente está vendo o que que é gargalo, o que que eu consigo melhorar da parte de infraestrutura, dentro das nossas concessões de gás, porque aí vem uma diferença também, o biometano eu consigo injetar 100% no grid, no gás. Ele mistura. O hidrogênio, eu não consigo, por exemplo”, esclarece Natália.

Agenda em Mirante

Ainda no oeste paulista, Natália participou, na tarde desta quarta-feira, com o presidente do DER (Departamento de Estradas de Rodagem), Sergio Codelo, da entrega da pavimentação da estrada municipal MPR-154/157/281/374. A via interliga o município de Mirante do Paranapanema a bairros rurais e assentamentos da região, beneficiando diretamente cerca de 16 mil moradores. Com 20,2 km de extensão, a obra foi concluída em dezembro de 2024 e recebeu um investimento de R$ 34,97 milhões.

“Essa é uma pavimentação muito importante para as pessoas, para a região, uma demanda histórica para poder fazer a ligação com assentamentos rurais, com o bairro rural Pé de Galinha, como é conhecido. E isso o pessoal sempre nos procurou para a gente conseguir ajudar, porque é uma estrada municipal”, comenta. “Então a gente fez todo um trâmite, convênio, para ter 100% de recursos do Estado, e aí a gente conseguir trazer esse escoamento de produção, mobilidade das pessoas, segurança viária, drenagem”, detalhou.

Elizabete Santos


No oeste paulista, Natália entregou obra em Mirante do Paranapanema e visitou O Imparcial

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