A Polícia Militar Estado de São Paulo coloca em prática diferentes ações para estreitar a relação com a comunidade. Uma delas é o PVS (Programa Vizinhança Solidária), que reúne moradores de um mesmo bairro em prol da melhoria na segurança pública. Como forma de dar “protagonismo” aos munícipes, são convidados a participar e dar opiniões sobre o assunto, oportunidade que oferta dicas de especialistas para que mantenham a própria segurança.
“É uma confiança mútua”, afirma o 2º-tenente-PM Adriano Loureiro, comandante do 2° Pelotão de Polícia Militar em Rosana.
No começo do mês, o distrito de Primavera recebeu pela primeira vez a célula do projeto, que conta com a participação de aproximadamente 120 pessoas, em mais de 30 residências. Além de Rosana, Teodoro Sampaio e Mirante do Paranapanema também possuem pequenos grupos, o que aproxima a comunidade, polícia e poder público.
Adriano explica que o programa visa à prevenção primária nos locais onde residem, por exemplo, a tomar cuidado com os bens dentro do carro, não deixar a chave no contato do veículo ou o portão de casa aberto – costumes corriqueiros em cidades do interior e que chamam a atenção de criminosos. Além das medidas de prevenção, os munícipes têm a liberdade de observar condições que propiciam o crime, como falta de iluminação, terrenos baldios, buracos nas ruas, imóveis ou veículos abandonados.
“Quando a comunidade começa a se apropriar do local, consegue chegar com mais força ao poder público para fazer pedidos de melhorias”, afirma o comandante.
Para isso, entre os vizinhos é escolhido um tutor, que receberá as instruções de prevenção a serem repassadas aos demais. “O programa afasta da comunidade quem tem má intenção, porque vê que ela está fechada, sendo ‘vigiada’”, salienta Loureiro. Inclusive, no bairro é instalada a placa com o nome do programa para mostrar que os moradores estão em alerta para eventuais ações criminosas.
O PROGRAMA AFASTA DA COMUNIDADE QUEM TEM MÁ INTENÇÃO, PORQUE VÊ QUE ELA ESTÁ FECHADA, SENDO VIGIADA
Adriano Loureiro
União garante bom trabalho
Conforme o comandante, a união é importante para que o trabalho da polícia seja ainda melhor. “Uma comunidade que está preocupada com a individualidade não liga para o 190 ou alerta alguém [sobre algum risco]. Para evitar esse tipo de individualização, as pessoas precisam se cuidar entre elas, não esperando apenas da Polícia Militar ou do poder público”, afirma.
“Esse é o canal pelo qual a polícia se comunica com os moradores, onde eles podem conhecer quem são os policiais e, assim, passar a confiar no nosso trabalho”, expõe Loureiro. “Todo mundo ganha”.