Projeto orienta professores sobre relação com crianças com sintomas de desatenção e hiperatividade

Iniciativa da Unoeste contou, nesta semana, com formação voltada a docentes de 3º ano de 30 escolas de ensino fundamental, que atendem mais de 900 alunos em Prudente

PRUDENTE - DA REDAÇÃO

Data 28/04/2023
Horário 14:58
Foto: Homéro Ferreira/Unoeste
Formação foi ministrada a professores da rede municipal de Educação
Formação foi ministrada a professores da rede municipal de Educação

Com o objetivo geral de instrumentalizar professores da rede municipal de Educação de Presidente Prudente com estratégias de ensino a fim de minimizar sintomas de desatenção e hiperatividade dos alunos, um projeto de pesquisa-ação neuropedagógica, desenvolvido por pesquisadores vinculados à Unoeste (Universidade do Oeste Paulista), teve atividade extensiva na noite dessa quarta-feira na Seduc (Secretaria Municipal de Educação).

Com a participação de professores de 3º ano de 30 escolas de ensino fundamental, que atendem mais de 900 alunos, foi aplicada a formação de como trabalhar com crianças que porventura apresentem os sintomas, ministrada pela psicóloga Laízi da Silva Santos, especialista em neuropsicologia, egressa do mestrado em Educação na Unoeste e doutoranda em educação na Unesp (Universidade Estadual Paulista).

Segundo a universidade, o projeto é conduzido com cuidado e zelo em relação aos envolvidos, sendo que as professoras buscam a autorização dos pais de cada aluno. Os dados são levantados por elas, mediante observação e preenchimento de documentos entregues aos pesquisadores. Documento com os mesmos questionamentos foi preenchido antes e depois da formação para comparação dos dados.

Os responsáveis pelo projeto entendem que, embora ainda bastante subdiagnosticado, o TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) vem sendo alvo de crescente interesse da comunidade acadêmica e profissionais da saúde e da educação, que, muitas vezes, realizam erroneamente o diagnóstico do transtorno firmado em situações fisiológicas do próprio desenvolvimento imaturo da criança. Ocorrência acentuada no ambiente escolar.

Isso porque, conforme o projeto, educadores têm a predisposição em diagnosticar alunos como hiperativos e encaminhá-los para consultórios médicos. Diante disso, a iniciativa trabalha com a necessidade da realização de mais estudos e intervenções que objetivam a melhor compreensão dos sintomas do TDAH nessa faixa etária (8 anos de idade) e oferecer uma fonte de embasamento científico aos professores para que estes enviem para tratamento farmacológico apenas as crianças com real necessidade.

Envolvidos no projeto

O projeto foi iniciado antes da pandemia do coronavírus e retomado agora, por conta da necessidade de algumas atividades presenciais. Outro motivo de ter levado um tempo para ser reativado foi a troca no comando da Seduc, pela qual responde atualmente a secretária Sirlei Aparecida Gomes dos Santos Oliveira. A iniciativa do neuropediatra e professor da Famepp (Faculdade de Medicina de Presidente Prudente), Armênio Alcântara Ribeiro, foi integrada ao Nats (Núcleo de Avaliação de Tecnologias em Saúde), pelo qual responde a professora Édima de Souza Mattos, envolvendo também a professora Selma Alves Martins, com a colaboração externa da neuropediatra Mariana Maciel Algazal.

Na atividade na Seduc, a recepção foi da coordenadora pedagógica do atendimento educacional especializado, Cristiane Piperas.

Dentre as falas dos envolvidos na abertura do encontro, o supervisor de ensino e coordenador técnico do ensino fundamental na Seduc, Edmar Aparecido da Silva, falou em nome da secretária, que estava participando de audiência pública na Câmara Municipal sobre segurança nas escolas. Pela Unoeste, além da Famepp, o projeto envolve pesquisadores vinculados ao Programa de Pós-Graduação em Educação, pelo qual é ofertado mestrado e doutorado.

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