Prudente alcança 25º melhor IDH do Brasil

Em Prudente, a taxa caiu de 0,57 para 0,54.

PRUDENTE - Iury Greghi

Data 30/07/2013
Horário 10:17
 

Presidente Prudente possui o 25º melhor Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) do País,  conforme dados do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013, divulgados ontem pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). A cidade alcançou nota 0,806 em uma escala que varia de 0 a 1, a mesma obtida por Rio Fortuna e Blumenau, ambas de Santa Catarina. No Estado de São Paulo, Prudente ocupa a 13ª colocação. A classificação dos 5.565 municípios brasileiros foi baseada em informações do Censo Demográfico 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Entre todas as dimensões analisadas, a que mais evoluiu em termos absolutos foi a da Educação, que avalia o percentual de com pessoas mais de 18 anos com ensino fundamental completo, de crianças entre 5 e 6 anos matriculadas na escola, entre outros. De 2000 para 2010, o índice prudentino neste quesito saltou de 0,670 para 0,774. Os dados também apontam que a taxa de analfabetismo da população de 18 anos ou mais diminuiu 6,73% nas últimas duas décadas.

Os dados de longevidade e mortalidade também foram pontos de destaque no estudo. Em Prudente, a mortalidade infantil (crianças com menos de um ano de idade) caiu 29%, passando de 17,2 por mil nascidos vivos em 2000, para 12,1 por mil nascidos vivos em 2010, bem abaixo da média nacional, de 16,7, e da meta estipulada pela Organização das Nações Unidas (ONU), de 17,9. No Estado de São Paulo, o índice é de 13,9 para mil crianças nascidas vivas.

Ainda conforme o Atlas, a esperança de vida ao nascer - indicador utilizado para compor a dimensão Longevidade do IDHM - aumentou 5,5 anos nas últimas duas décadas, passando de 71 anos, em 1991, para 76,5 anos em 2010, enquanto a média estadual é de 75,7 anos e, no País, de 73,9 anos.

 

Trabalho e renda

A renda per capita média de Presidente Prudente aumentou 51,89% nas últimas duas décadas, passando de R$ 711,20, em 1991, para R$1.080, em 2010. Em contrapartida, a taxa de extrema pobreza, medida pela proporção de pessoas com renda domiciliar per capita inferior a R$ 70, passou de 2% para 0,85%, conforme avaliação do mesmo período. Outro indicador que revela a melhoria nas condições de vida da população é o de concentração da renda, calculado pelo Índice de Gini, a partir da diferença entre os rendimentos dos mais ricos e os dos mais pobres.  Em Prudente, a taxa caiu de 0,57 para 0,54.

A taxa de desocupação da população de 18 anos ou mais  (ou seja, o percentual da população economicamente ativa que estava desocupada) passou de 13,57%, em 2000, para 6,44%, em 2010. Das pessoas ocupadas nessa mesma faixa etária, 2,89% trabalhavam no setor agropecuário, 0,13% na indústria extrativa, 11,17% na indústria de transformação, 7,11% no setor de construção, 1,4% nos setores de utilidade pública, 19,92% no comércio e 54,04% no setor de serviços.

 

Avanços

Para a secretária municipal de Assistência Social, Regina Helena Penati Cardoso Ferreira, as políticas públicas voltadas a reduzir os índices de pobreza e vulnerabilidade social contribuíram para que houvesse uma melhoria geral nas condições de vida da população. Ocorreu ainda uma reestruturação nas funções exercidas pelos agentes de saúde, serviço social, educação, esporte, entre outros setores, que assumiram uma postura "ativa" na comunidade em que estão inseridos.

No entanto, ela reconhece que ainda há o que avançar, sobretudo, no que diz respeito à desigualdade social. "Já realizamos várias ações para diminuir essa desigualdade, descentralizando os serviços públicos, mapeando as áreas mais vulneráveis e realizando buscas ativas nesses locais. Acredito que estamos no caminho certo", declara. Outros trabalhos que, segundo a secretária, colaboram para minimizar a desigualdade são a instituição do Bolsa Família – que em Prudente possui 6 mil beneficiados –, e iniciativas econômicas, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), destinado a atender a comunidades de baixa renda e pequenos produtores rurais.
Publicidade

Veja também