Prudente é a 19ª melhor cidade para fazer negócios

Quando avaliados os 4 recortes do tema, cidade avança em capital humano, desenvolvimento social e infraestrutura, mas recua em desenvolvimento econômico

- ANDRÉ ESTEVES

Data 31/10/2018
Horário 04:02
Arquivo - Prudente subiu 5 posições em ranking de melhores cidades para negócios
Arquivo - Prudente subiu 5 posições em ranking de melhores cidades para negócios

Presidente Prudente é considerada a 19ª melhor cidade para fazer negócios no país, de acordo com estudo realizado neste ano pela empresa Urban Systems. Em relação aos resultados divulgados em 2017, o município subiu cinco posições no ranking, o que revela a evolução das condições e infraestrutura disponíveis para oportunidades de investimento. A pesquisa também apresenta quatro recortes do tema, sendo desenvolvimento econômico, capital humano, desenvolvimento social e infraestrutura. Prudente melhorou o seu desempenho em todos eles, exceto no primeiro, cujo ranking classifica a cidade em 92ª lugar – uma queda de 49 posições na comparação com o ano passado, quando figurava na 43ª.

O titular da Sedepp (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico), Carlos Alberto da Silva Corrêa, Casagrande, atribui este recuo ao atual cenário econômico e defende que a administração municipal já promove políticas públicas com o objetivo de minimizar os impactos do período na geração de renda e emprego para a população. Nesse sentido, destaca o lançamento do edital do Distrito Industrial Achiles Ligabo, que disponibilizará 42 lotes em sua primeira etapa e outros 24 na segunda, a ser executada logo em seguida; e o plano de transformar o Distrito Industrial Ernesto Coquemala Sobrinho, na Rodovia Raposo Tavares (SP-270), em um condomínio industrial.

Além disso, menciona que a Prefeitura já estuda uma nova área para a implantação de um distrito industrial na zona norte. “Essas ações vêm no sentido de modernizar e dar mais condições para as empresas aqui se instalarem. Recentemente, celebramos a chegada da rede Atacadão, que resultou em um investimento de milhões e mais de 300 empregos diretos”, comenta. Casagrande ressalta ainda a publicação recente do decreto que desburocratiza o processo de abertura de empresas na cidade. “Hoje, empresas de baixo risco obtêm um alvará provisório no momento em dão entrada nos documentos, o que permite que comecem a funcionar o mais rápido possível”, relata.

Desenvolvimento regional

O gerente regional do Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), José Carlos Cavalcante, elogia as medidas adotadas pela Prefeitura com a finalidade de estimular o desenvolvimento econômico, entretanto, vê a necessidade de pensar além. Levando em consideração que Prudente é a única com mais de 100 mil habitantes em um universo de 53 municípios, o representante acredita que a cidade não conta com o amparo de outras potências para alavancar sua economia, como é o caso de Araçatuba (SP), que possui o suporte de Penápolis (SP) e Birigui (SP).

Nesse contexto, sugere a elaboração de programas que possibilitem a evolução econômica da região como um todo, o que, segundo ele, favoreceria os indicadores citados. “Percebemos que já há uma mobilização das entidades para isso, a exemplo das reivindicações para a modernização do aeroporto, a duplicação integral da Rodovia Assis Chateaubriand [SP-425] e a retomada do transporte ferroviário”, sinaliza.

Uma dessas entidades é a UEPP (União das Entidades de Presidente Prudente e Região), que, segundo o presidente Marcos Antônio Carvalho Lucas, tem apresentado propostas legislativas para a criação de instrumentos de atração de investimentos aos empresários. “Defendemos uma legislação mais branda e que facilite a abertura e o fechamento de empresas no município, o que já avançou bastante com o decreto de desburocratização publicado pela Prefeitura”, comenta.

O presidente da Acipp (Associação Comercial e Empresarial de Presidente Prudente), Ricardo Anderson Ribeiro, por sua vez, salienta que Prudente dispõe de toda a infraestrutura e material humano necessários para a captação de investimentos, contudo, ainda deixa a desejar na oferta de incentivos fiscais para investidores. “Fica difícil ‘vender’ a cidade para as empresas, se estas não enxergarem vantagens em se fixar aqui. Se a legislação de outra localidade oferecer mais benefícios, naturalmente esses empresários migrarão para lá”, analisa. Ricardo Anderson pontua que, se convertida em um polo de incentivos, não só Prudente será favorecida, como toda a região.

As 20 melhores cidades para fazer negócios

Classificação

Município

UF

IQM

2018

2017

1

2

Vitória

ES

13,804

2

4

São Caetano do Sul

SP

13,683

3

1

São Paulo

SP

13,312

4

3

Porto Alegre

RS

13,170

5

5

Barueri

SP

13,102

6

49

Niterói

RJ

12,884

7

7

Curitiba

PR

12,807

8

9

Belo Horizonte

MG

12,768

9

15

Maringá

PR

12,748

10

10

Santos

SP

12,497

11

20

São José do Rio Preto

SP

12,480

12

8

Rio de Janeiro

RJ

12,467

13

14

Campinas

SP

12,373

14

29

Indaiatuba

SP

12,305

15

18

Jundiaí

SP

12,156

16

16

Brasília

DF

12,131

17

21

Macaé

RJ

12,079

18

12

Cuiabá

MT

12,060

19

24

Presidente Prudente

SP

12,034

20

23

Santa Cruz do Sul

RS

12,012

Fonte: Urban Systems

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