Prudente registra mais de 7 mil casos de dengue em 2019

Na contramão, em 2018, apenas 40 casos de dengue foram confirmados no município; dados foram coletados pela Secretaria Municipal de Saúde

PRUDENTE - DA REDAÇÃO

Data 15/01/2020
Horário 16:51
Agência do Rádio - Quantidade de moradores que acumula materiais em suas residências contribuiu para proliferação do mosquito
Agência do Rádio - Quantidade de moradores que acumula materiais em suas residências contribuiu para proliferação do mosquito

Com mais de sete mil casos de dengue registrados de janeiro a novembro de 2019, Presidente Prudente é um dos municípios paulistas que mais sofrem com a presença do Aedes aegypti. O mosquito também transmite chikungunya e zika, doenças não notificadas na cidade entre 2018 e 2019. Em 2018, apenas 40 casos de dengue foram confirmados no município. Os dados foram coletados pela Secretaria Municipal de Saúde. As informações são da Agência do Rádio.

Presidente Prudente está em situação de alerta para a infestação do mosquito. No ano passado, o LIRAa (Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti) revelou que o município atingiu uma taxa de 1,3%, em novembro. A coordenadora epidemiológica da Secretaria Municipal da Saúde, Elaine Bertacco, destaca que a quantidade de moradores que acumula materiais em suas residências contribuiu para a proliferação do mosquito. Além desse fator, a reintrodução do sorotipo 2 da dengue favorece o aumento do número de casos, devido à suscetibilidade da população a este sorotipo. 

“A nossa realidade é que nós não tivemos, em nenhum momento, interrupção dos casos. O que acontecia em meses e anos anteriores era termos, entre julho e agosto, casos a menos. O tipo 2 circulou no município em 2010, com 296 casos. Significa que nós temos toda uma população exposta. Se você acostuma ter esse hábito de olhar a casa como um todo, uma vez por semana, nesses locais onde proliferam o mosquito, você vai contribuir não só com o município, mas com você mesmo e sua família. A dengue é um problema meu, seu, de todo mundo”, comenta.

Um exemplo de quem sofreu com o mosquito é o radialista Geraldo Gomes, de 52 anos. Morador do bairro Vitória Régia, Geraldinho – como é conhecido em Presidente Prudente – foi infectado pelo vírus da dengue duas vezes, entre os anos de 2015 e 2017 – período em que o município apresentou risco de infestação do Aedes aegypti. 

“Sentia o corpo ruim, dores musculares intensas, principalmente nas articulações, dores nos fundos dos olhos e um desânimo muito grande, aquela falta de coragem para me movimentar e fazer as coisas corriqueiras. Junto à falta de apetite, isso tudo acabou provocando a vontade de só ficar deitado”, afirma.

Para intensificar o combate ao mosquito, em 2020, a Secretaria Municipal de Saúde de Presidente Prudente vai continuar com os mutirões e ações educativas em áreas críticas do município, como os bairros de Jardim Brasília, Jardim Planalto, Sumaré, Vila Marcondes e Castelo Branco. 

No Estado de São Paulo, os dados também são alarmantes. Segundo o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, de janeiro a dezembro de 2019, mais de 442 mil casos prováveis de dengue foram registrados em todo o Estado, 1.570 pessoas foram infectadas pelo vírus da chikungunya e houve 694 notificações de zika. 

Os cidadãos interessados em denunciar algum terreno abandonado ou focos do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya podem entrar em contato pelo número da Vigilância Epidemiológica de Presidente Prudente: (18) 3905-3265.

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