Quando os filhos crescem e não percebemos...

OPINIÃO - Marcos Alves Borba

Data 29/12/2021
Horário 05:00

É bem possível e isso praticamente acontece. Naturalmente, quando o homem completa seus 18 anos, e nessa sua essência de maioridade, deixa claro o quanto que ele necessita dessa cumplicidade de que realmente cresceu, e que assuma uma mera responsabilidade de suas atitudes. Sabemos que não é bem assim, mas já há algum tempo que a própria sociedade cobra e impõe essa postura, e que grande parte das querências de uma vivência merecida vem as atribuições que acreditam ser merecidamente, por completar essa idade. 
Assim, pais solidários aos seus filhos e por acharem que devido completar a maioridade, a recompensa merecida chega numa bela bandeja de prata. O primeiro carro, a primeira viagem a um país de origem ou uma bela mesada estupenda, e assim entendem que por eles acreditarem que durante anos e anos lutaram e seus filhos mereçam. Mesmo que ele, o pai, não tenha recebido nada disso quando chegou aos seus 18 anos. 
A menina mulher não obstante disso, nos remete que sua sensibilidade muito mais amadurecida, se cria um fortalecimento até prematuro, de sua clara e vital querência do que está quando completa seus 15 anos. Talvez, fique muito mais claro da sua vontade em escolher o que como sonho de princesa será seu melhor reconhecimento, por ter chegado nessa idade. Ali, desde em conhecer a Disney, um baile de formatura, uma viagem a um país de primeiro mundo ou simplesmente guardar toda aquela economia e fazer com que seu futuro esteja garantido num estudo de qualidade. 
Seja possível, e isso já faz tempo, mas grande parte desse sonho de realizar a vontade dos filhos, quando chegam aos 18 ou 15 anos, esteja um pouco fora de órbita em pleno século XXI. Mas nem tanto, devido pais que não tiveram essa alegria e assim prevalecem seus interesses de uma busca no que tange a bela idade. 
Depois de um tempo, e isso já foi comentado, nos vem à bem iluminada frase e pelo visto não aprendemos: “Pais temerosos às atitudes dos filhos, criados por eles mesmos”. Isto é, o que eu não tive meus filhos terão. E, mesmo sendo o primeiro carro, a viagem à Disney e qual seja a sua merecida recompensa por ter chegado aquela idade, começam os desafios, e que não acreditam que irão passar por isso. Isto é, alguns dissabores normais que eles pregam. E, naturalmente devido seus impulsos dos hormônios desacerbados, ficam tristes, e até decepcionados. E, só aprendemos quando erramos, independentemente da idade.
A vida realmente é um grande laboratório, e quando não almejamos determinado conceito do que seja o ideal para aquela idade, pode nos proporcionar aprendizados diários ou tristezas constantes. Filhos, se tê-los, como aprendê-los... como carregá-los... como ensiná-los... como justificá-los... como agradecê-los... como abraçá-los... como amá-los... ou como não, tê-los? Pelo visto e até hoje, sabemos que eles não chegam com manual de instruções. Em momentos especiais, há de se cumprir a pedagogia do chinelo, sem remorso é claro. 
 

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