Que estejamos preparados para enfrentar as mutações da Covid-19

EDITORIAL - DA REDAÇÃO

Data 26/08/2021
Horário 03:55

Não há dúvidas de que a pandemia vem, pouco a pouco, perdendo força, graças à vacinação. A cada dia que passa, os noticiários mostram redução no número de infectados, internados, intubados e mortos. Na região de Presidente Prudente, por exemplo, 10 municípios (Adamantina, Flora Rica, Flórida Paulista, Inúbia Paulista, Nova Guataporanga, Pacaembu, Rancharia, Ribeirão dos Índios, Rosana e Tarabai) zeraram os casos suspeitos da doença que aguardam resultados de exames, conforme levantamento realizado pela reportagem nesta terça-feira. 
Como noticiado por este diário, na 10ª RA (Região Administrativa) do Estado de São Paulo, o número de casos suspeitos, ou seja, aqueles que contam com sintomas relativos à Covid-19 ou que tiveram contato com pessoas infectadas e aguardam resultados de exames, diminuiu 47,8% nos últimos 20 dias. No dia 5 deste mês, 1.560 moradores da região se enquadravam nesta situação e terça-feira eram 814.
Contudo, apesar das boas notícias, não é o momento de relaxar. Muito pelo contrário. Para se ter uma ideia, ao longo desta terça-feira, as cidades da região confirmaram mais 125 casos da doença e três mortes. Já ontem, os municípios registraram mais 91 casos positivos da Covid-19 e duas mortes em decorrência da doença. Com isso, o total de registros positivos chega a 106.576, e, destes, 2.933 foram a óbito e outros 102.641 se recuperaram, desde o início da pandemia.
Além disso, não podemos esquecer que o vírus sofre mutação, pois ele precisa se perpetuar. Ele é um parasita intracelular obrigatório que necessita do corpo humano para sobreviver. Como bem explicado pelo infectologista André Pirajá, a mutação ocorre quando o vírus vai se multiplicando e faz com ele tenha alterações, e algumas delas são vantagens, “superpoderes” que o vírus ganha. Ou seja, ele obtém uma forma de burlar o sistema imunológico ou de se tornar mais transmissível, que foi o que aconteceu com a variante Delta. 
Esta cepa, conforme a Sociedade Paulista de Infectologia, é duas vezes mais transmissível, e uma pessoa infectada expele até mil vezes mais vírus que aquela com Covid-19 causada por outra linhagem. Portanto, nada de deixar de lado os protocolos de higiene. Distanciamento social, uso de máscara e álcool em gel devem ser mantidos! Que estejamos preparados para esta nova variante, e para todas as outras que venham a surgir!

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