R$ 5,00

Sandro Villar

O Espadachim, um cronista do tempo em que toda donzela tinha um pai que era uma fera

CRÔNICA - Sandro Villar

Data 22/07/2025
Horário 05:30

Como minha, senhora? De novo a senhora estranhou o título da crônica? Calma lá porque o Brasil é nosso e, por aqui, nenhum troglodita, mesmo o Laranjão, mete o bedelho. A corja 171/666 também não mete o bedelho. Já sobre a quantia de R$ 5,00 quero te dizer, como diria Vicente Matheus, que é quanto pode valer a vida no nosso amado Brasil.
Outro dia um rapaz foi morto, em Curitiba, depois de furtar uma barra de chocolate de um supermercado. Seguranças terceirizados foram acusados pelo crime. Valor do chocolate: R$ 5,00. Quer dizer, a vida do jovem "custou" essa mixaria de dinheiro. Um absurdo total perder a vida nessas circunstâncias.
Depois de pegar a barra de chocolate, os seguranças correram atrás do rapaz. Ele foi dominado e massacrado. Por que não pediram o chocolate de volta ou não chamaram os pais? Nada disso aconteceu porque são vigilantes despreparados. Só conhecem a linguagem da força. 
Em último caso, após dominar o rapaz com um mínimo de força, deveriam dar um conselho na base do "não faça mais isso". Longe disso. Partiram pra porrada sem dó nem piedade e assim mais um brasileiro foi morto por ter furtado uma barra de chocolate.
Já houve outros casos semelhantes e sempre tem chocolate na história. Parafraseando o Barão de Itararé, quem furta um chocolate deveria ser condenado a comê-lo.
Ainda sobre R$ 5,00, uma senhora, aqui de Prudente, foi abordada por um morador de rua que lhe pediu "um dinheirinho". Ela não pensou duas vezes. Abriu a bolsa e entregou uma nota de R$ 5,00 ao pedinte. Em seguida, houve o agradecimento de praxe, a mulher falou palavras bonitas de incentivo e foi embora. É assim que deve ser. Basta de violência gratuita e de intolerância e, você aí, se agarra na broxa porque eles vão tirar a escada.

DROPS

Prepara-te para o tarifaço. Pode vir chumbo grosso no mês do desgosto.

Santos entrou bem contra o Mirassol. Neymar sozinho não pode carregar o time nas costas.

Vivemos tempos difíceis, tristes e estranhos. Se me permitem o superlativo, são tempos estranhíssimos.

Os amantes de Verona são aqueles que namoravam a bordo desse carro da Ford. 

Publicidade

Veja também