RA é 4ª no ranking de empregos da agropecuária

Regional de PP ficou apenas atrás da região Central, de Sorocaba e Campinas em relação ao saldo de postos de trabalho em 2015

PRUDENTE - MARIANE GASPARETO

Data 05/02/2017
Horário 11:00
 

A regional de Presidente Prudente foi a 4ª região do Estado que mais aumentou seu estoque de trabalhadores em 2015, com 2.014 novos empregos. A 10ª RA (Região Administrativa) ficou atrás apenas da Central (3.025), de Sorocaba (2.529) e Campinas (2.109) no levantamento realizado pelo IEA (Instituto de Economia Agrícola), com base nos dados da Rais (Relação Anual de Informações Sociais) do Ministério do Trabalho e Emprego.

Apesar do bom desempenho regional no ano, a região ainda está entre as que possuem a menor quantidade de trabalhadores rurais. Com 12.056 é a 10ª entre as 15 do Estado, à frente de Araçatuba (11.292), São Paulo (10.032), São José dos Campos (9.387), Registro (6.911) e Santos (783), mas muito aquém das primeiras colocadas Sorocaba (62.148), Campinas (60.408) e São José do Rio Preto (30.417).

Jornal O Imparcial Região tem 6º menor estoque de trabalhadores rurais

O presidente do Sindicato Rural de Prudente, Carlos Roberto Biancardi, ressalta que de fato não houve crise de desemprego na agropecuária, que continua se mantendo estável mesmo em meio à fragilidade econômica do país. "Alguns setores perderam empregos, outros ampliaram, mas analisando o todo não ocorreram alterações significativas", esclarece.

A expectativa é de que o segmento continue mantendo essa tendência de estabilidade no estoque de funcionários também para este ano, podendo haver até um crescimento da atividade rural. "As estimativas indicam possibilidade de crescimento da produção de grãos como soja e milho; a cana-de-açúcar também vem se recuperando", acrescenta Biancardi. Diante do cenário, o prognóstico é de um ano agrícola em 2017 melhor do que o de 2016.

 

Único setor crescendo

Os dados do Instituto de Economia Agrícola sobre o total de vínculos com carteira assinada em todos os setores econômicos do país revelam que, em 2015, o emprego formal brasileiro totalizou 48,1 milhões de postos de trabalho. No entanto, contrariando os sucessivos aumentos dos últimos anos, o quadro foi de retração de 3% em relação ao ano anterior.

No Brasil houve queda no número de empregos formais em quase todos os setores econômicos, exceto pela agropecuária, que cresceu 0,9% em novos postos de trabalho. O Estado de São Paulo não ficou muito diferente: apresentou queda geral de 2,9%, com a única exceção do agro, que cresceu 2,5%.

Os dados, no entanto, podem não representar a realidade do setor. Conforme o IEA, por conta da informalidade no trabalho assalariado rural e da alta ocupação de mão de obra familiar, o segmento não é tão representativo no total de carteiras assinadas no país; representa 3,1% dos empregos formais, com 1,5 milhão de postos de trabalho.

 
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