Ranking da educação destaca 5 cidades regionais

PRUDENTE - Rogério Lopes

Data 14/10/2015
Horário 09:00
 

Cinco cidades da região de Presidente Prudente estão entre os 40 melhores municípios do país, no que diz respeito ao sucesso e à oportunidade educacional empregados a crianças, adolescentes e jovens entre 0 e 17 anos. A melhor colocação regional foi obtida por Monte Castelo, que com o índice de 5,7 aparece na 9ª colocação do ranking nacional e figura em primeiro lugar entre as cidades que integram a 10ª RA (Região Administrativa) do Estado, mais o município de Quatá, onde este diário circula. O histórico da qualidade educacional existente no Brasil foi elaborado pelo CLP (Centro de Liderança Pública) e obtido através do IOEB (Índice de Oportunidades Educacionais Brasileiras). Os dados foram apresentados na última semana e são referentes a estudos, pesquisas e levantamentos realizados em 2014.

A qualidade no ensino também foi destaque em Junqueirópolis, que ocupa a 20ª posição na classificação nacional, e Tupi Paulista, que figura no 24º lugar, após ambas conquistarem a média 5,6. No aspecto regional, as duas cidades aparecem na segunda colocação. Além delas, Presidente Venceslau e Martinópolis também foram destaques no ensino e estão, respectivamente, na 33ª e 35ª posições no levantamento, e no terceiro lugar da 10ª Região Administrativa, com a nota 5,5.

Por outro lado, Pauliceia, com o índice de 4,4, Irapuru e Ribeirão dos Índios, as duas com 4,5, aparecem na última colocação no ranking regional. Em âmbito nacional, na mesma ordem citada, as cidades figuram em 2.737º, 2.509º e 2.592º lugares. Presidente Prudente, capital da Alta Sorocabana, está "no meio" da classificação. Com nota 4,9, o município aparece na 1.119ª posição. Flora Rica, por sua vez, é a única cidade da 10ª RA que não possui dados disponibilizados.

 

Reflexos dos investimentos

Para a secretária municipal de Educação e diretora de escola de Monte Castelo, Antonia Chiari Tobias, a expressiva classificação da cidade é um reflexo de um trabalho que, há anos, tem sido desenvolvido no sistema educacional do município. "Sinto como se fosse um reconhecimento do esforço e da dedicação de todos os envolvidos", salienta.

Antonia diz que, desde que assumiu a pasta, houve – junto com os demais colaboradores – toda uma preocupação e um planejamento, com vistas a melhorar a qualidade no ensino. Entre as iniciativas, a secretária esclarece que algumas medidas foram adotadas. Entre elas: contratação de educadores por meio de concurso; redução do número de estudantes por sala, não passando de 20 alunos; cursos de capacitação e treinamento aos docentes; adesão de programas; entre outras. "Estamos muito felizes com mais esta conquista", pontua.

"Coroa as ações realizadas na educação", afirma o secretário de Educação e Cultura de Presidente Venceslau, Sebastião Erculiani. Ele ressalta que o resultado é consequência do envolvimento do corpo docente e técnico, estudantes e pais dos alunos. "É um reflexo dessa união em prol do ensino", comenta.

 

Mais posicionamentos

A Secom (Secretaria Municipal de Comunicação) de Prudente, em seu turno, informa que desconhece os critérios de pesquisa utilizados no IOEB e que a classificação não representa os investimentos que ocorrem na educação da cidade. A pasta acrescenta que Prudente possui reconhecimento nacional através do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), em que o município figura na 12ª colocação do país e nota "A", recém-conquistada pelo Tribunal de Contas, que apresenta os aspectos positivos de sete áreas: educação, saúde, planejamento, finanças (gestão fiscal), tecnologia da informação, cidadania e meio ambiente.

Já o prefeito de Pauliceia, Waldemar Siqueira Ferreira (PV), diz que "não entende" a média atingida, já que, segundo ele, há todo um investimento na rede de ensino. Ele credita a classificação no "possível despreparo dos professores" e diz que ações estão em planejamento. O chefe do Executivo orientou a reportagem a entrar em contato com o atual secretário municipal da Educação para maiores esclarecimentos, porém, o mesmo não foi encontrado para abordar o assunto.

 

SAIBA MAIS

CRITÉRIOS DE PESQUISA

Para traçar os Índice de Oportunidades Educacionais Brasileiras, o CLP usou algumas variáveis. São elas:

- Indicadores de resultado educacional: Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) dos anos iniciais do ensino fundamental, Ideb dos anos finais do ensino fundamental e taxa líquida de matrícula do ensino médio;

- Indicadores de insumos e processos educacionais: escolaridade dos professores, número médio de horas-aula/dia, experiência dos diretores e taxa de atendimento na educação infantil;

- Controle de background familiar (para cálculo do valor adicionado do Ideb): escolaridade média dos pais.

Estes indicativos foram escolhidos considerando:

1- Que as fontes fossem oficiais;

2- Que tenham uma periodicidade de divulgação habitual de até dois anos para permitir o cálculo bienal do IOEB;

3- Que haja resultados divulgados em nível de município, já que o índice pretende identificar a qualidade nos municípios, além de Estados e Distrito Federal;

4- Que as variáveis sejam possíveis indicadores de insumos educacionais, ou seja, fatores determinantes de um bom resultado educacional ou de resultado da educação básica, seja ele de atendimento, de aprendizado ou de aproveitamento escolar.

 
Publicidade

Veja também