Recadastramento de boxistas se encerra hoje

Mais de 90 comerciantes do camelódromo têm até esta terça-feira para apresentar a documentação pendente para a Sedepp

PRUDENTE - MARIANE GASPARETO

Data 20/12/2016
Horário 09:00


Mais de 90 boxistas do camelódromo devem entregar a documentação pendente até hoje para a Sedepp (Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Presidente Prudente) que realiza um recadastramento solicitado pelo MPE (Ministério Público Estadual). Os trabalhos começaram na semana passada com um levantamento in loco que apontou a existência de 263 comerciantes no espaço, dos quais 65% (aproximadamente 170) já estão com a documentação regularizada.

Jornal O Imparcial Em péssimo estado, parquinho já não recebe mais crianças

De acordo com o assessor Oswaldo José Barbosa, o trabalho é realizado por uma comissão intersecretarial das 8h às 17h, na Sedepp. Para ser recadastrado basta que o boxista compareça ao local com documentação pessoal (RG e CPF), alvará de funcionamento do comércio, declaração de seu imposto de renda, certidão com antecedentes criminais e certidão de imóvel (caso possua). Na próxima semana, toda documentação será encaminhada ao Ministério Público para análise.

A Sedepp estima que existam aproximadamente 263 boxistas no shopping popular, quantidade que deverá ser reduzida para 240, conforme determinação do TJ-SP (Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo) em agosto deste ano.

 

Revitalização da praça

Chão de terra batida, vegetação quase inexistente, brinquedos enferrujados, alambrado danificado. É assim que se encontra hoje a Praça da Bandeira – a mais antiga do município, que completa seu primeiro centenário em 2017. "As crianças vêm aqui e nem conseguem brincar no parquinho pelo estado em que ele está", lamenta o construtor Ailton Barbosa, 55 anos, acrescentando que gostaria de ver o espaço "da forma como ele era antigamente".

O aposentado Aelcio da Silva, 58 anos, também lamenta a situação em que se encontra a praça e afirma que o "aspecto de abandono" faz do local um ponto de encontro para usuários de droga e moradores de rua. "O ambiente é bom, gostoso, mas muito mal cuidado", reclama.

O abandono evidente levou o MPE a ajuizar uma ação civil pública pedindo a retirada do camelódromo da Praça da Bandeira e a recuperação do espaço público como ele era antes de ser "desvirtuado" de seu fim. No entanto, a Justiça determinou a permanência do shopping popular onde atualmente está instalado, exigindo que a Prefeitura apresentasse um projeto de revitalização ambiental e regularização urbanística da praça, demolisse as edificações irregulares, e reconstruísse a praça, além de recadastrar os comerciantes e reduzir o número de boxes para 240. De acordo com a Seplan (Secretaria de Planejamento, Desenvolvimento Urbano e Habitação), o projeto foi elaborado, mas o processo de revitalização está suspenso temporariamente, devendo ser conduzido a partir do próximo ano.

 
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