Em agosto, o comércio varejista na região de Presidente Prudente criou 133 postos de trabalho, resultado de 1.180 admissões contra 1.047 desligamentos. Os dados são da Pesp (Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista do Estado de São Paulo) da FercomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), que ainda expõe que, no acumulado de 12 meses, foram eliminados 858 empregos com carteira assinada. Segundo o levantamento, o varejo encerrou o mês com 38.651 trabalhadores formais e, apesar do recuo de 2,2% em relação a agosto de 2015, teve o segundo melhor desempenho entre as 16 regiões paulistas analisadas, atrás somente da região de São José do Rio Preto, que em agosto criou 251 postos de trabalho.

Segundo levantamento, comércio varejista encerrou o mês de agosto com 38.651 trabalhadores formais
O presidente do Sincomercio (Sindicato Patronal do Comércio de Presidente Prudente), Vitalino Crellis, diz que o mês de agosto teve melhor desempenho impulsionado pela semana de vendas voltadas ao Dia dos Pais. No entanto, destaca que a retomada nas contratações vem demonstrando melhora a cada mês, o que tem deixado os lojistas animados. "Em um levantamento do Fecomercio com o Conselho Regional do Comércio, temos a informação de que a região de Prudente foi a que mais cresceu nos últimos seis meses. Essa pesquisa é de julho e apontou um faturamento de R$ 693 milhões do comércio regional, em tal mês", expõe.
Vitalino acredita que algumas mudanças que possam ser tomadas pelo governo em relação às microempresas também podem melhorar o cenário. "Vemos uma luz no fim do túnel. A tendência é melhorar, o que tem ocorrido mês a mês", comemora.
Segmentos
Conforme a pesquisa elaborada com base nos dados do Ministério do Trabalho, por meio do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) e o impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, obtido com base na Rais (Relação Anual de Informações Sociais), entre as nove atividades analisadas, oito apresentaram queda na ocupação formal em agosto na comparação com o mesmo mês do ano passado. Os destaques negativos foram os segmentos de lojas de vestuário, tecidos e calçados (-5,2%), de concessionárias de veículos (-5%) e de lojas de móveis e decoração (-4,7%). O setor de farmácias e perfumarias foi o único a registrar crescimento na mesma base comparativa, de 0,4%.
O gerente da Jô Calçados, Amaro César da Silva, diz que a atual instabilidade política e financeira afeta o setor, no entanto, revela que a loja manteve o quadro de funcionários desde o início do ano e a previsão é de que sete novos trabalhadores sejam contratados para atender a demanda do fim de ano. "Sempre acreditamos em melhora. Cremos em uma retomada, pois o ramo está em crescimento", promove.
Como noticiado em
O Imparcial, a expectativa do Sincomercio para as contratações temporárias de fim de ano já eram tímidas no início de outubro. Na época, algumas lojas do centro comercial já se preparam para as novas adesões, na expectativa do tão esperado aumento na movimentação nos últimos dois meses do ano.
Desempenho estadual
De acordo com a Assessoria de Imprensa do Fercomercio, dando seguimento ao aumento registrado em julho, o comércio varejista do Estado gerou novos empregos em agosto, "o que pode ser um esboço da recuperação do mercado de trabalho varejista paulista" – desde outubro e novembro de 2014 que o varejo não registrava dois saldos positivos consecutivos. Em agosto, o varejo paulista criou 7.235 empregos, resultado de 71.908 admissões e 64.673 desligamentos. Com isso, o estoque ativo de trabalhadores atingiu 2.071.063 no mês, redução de 3,1% na comparação com agosto de 2015.