Região deve imunizar 1,8 milhão de bovídeos durante campanha contra febre aftosa

Animais estão distribuídos em 17.797 propriedades rurais; vacinação precisa ser feita até o dia 30 deste mês e contempla bovinos e bubalinos de todas as idades

REGIÃO - DA REDAÇÃO

Data 03/11/2022
Horário 10:46
Foto: Coordenadoria Estadual de Defesa Agropecuária
Prazo para imunização do rebanho se encerra no dia 30 de novembro
Prazo para imunização do rebanho se encerra no dia 30 de novembro

Na região de Presidente Prudente, 1.869.470 bovídeos, entre bovinos e bubalinos, deverão ser imunizados em 17.797 propriedades rurais durante a segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa, que teve início no dia 1º de novembro e segue até o dia 30 deste mês. Diferentemente do que aconteceu no primeiro semestre, agora serão protegidos os animais de todas as idades.

De acordo com dados disponibilizados pela Coordenadoria Estadual de Defesa Agropecuária a O Imparcial, deverão ser vacinados 327.558 bovídeos em 4.155 propriedades na coordenadoria regional de Dracena; 744.775 bovídeos em 6.376 propriedades na circunscrição regional de Presidente Prudente; e 797.137 bovídeos em 7.266 propriedades na área regional de Presidente Venceslau.

A Coordenadoria de Defesa Agropecuária expõe que, mesmo antes do início da campanha, equipes percorreram os estabelecimentos que comercializam a vacina para verificar, além do estoque existente, as condições de armazenamento e temperatura. Durante todo o mês, vão a campo fiscalizar, de modo amostral, as vacinações. “Nesse procedimento, realizam a verificação da documentação de compra das vacinas, a conservação do produto, o número de animais, a aplicação da vacina e as boas práticas de manejo”, explica.

Ainda segundo a coordenadoria, na realização de atividades externas, a atenção dos médicos veterinários da Defesa Agropecuária estará focada na investigação clínica e epidemiológica para certificar a ausência de qualquer sinal de doenças em animais suscetíveis à febre aftosa. “Da mesma forma, o criador deve inspecionar seus animais e informar imediatamente o serviço veterinário oficial a ocorrência de qualquer enfermidade no rebanho”, esclarece.

O médico veterinário do PEEFA (Programa Estadual de Erradicação de Febre Aftosa), Breno Moscheta, destaca a importância de o produtor ficar atento aos prazos e vacinar os bovinos e bubalinos de todas as idades no mês de novembro. “Desde a campanha de 2014, o Estado atinge índices de vacinação acima dos 99% e esperamos que esse número se mantenha para que São Paulo continue livre da febre aftosa”, comenta.

A coordenadoria ressalta que a vacinação contra a febre aftosa de outros animais é proibida. O prazo para imunização do rebanho se encerra no dia 30 de novembro e o produtor tem até o dia 7 de dezembro para declarar a vacinação e atualizar o saldo do rebanho de bovinos e bubalinos e demais espécies (suínos, caprinos, ovinos, equinos e outros) por meio do sistema Gedave (Gestão de Defesa Animal e Vegetal).

Doença infecciosa

Conforme a coordenadoria, a febre aftosa é causada por vírus (família Picornaviridae, gênero Aphthovirus) e se trata de uma das doenças infecciosas mais contagiosas dos animais, acometendo espécies biunguladas (de casco fendido), como bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos e suínos.

A Defesa Agropecuária alerta que esta enfermidade pode acometer rapidamente criações inteiras, pois o vírus se dissipa pelo contato entre animais doentes e suscetíveis e pode contaminar o solo, água, vestimentas, veículos, aparelhos e instalações. Até mesmo o vento pode transportar o vírus. “A doença atravessa fronteiras internacionais por meio do transporte de animais infectados e da importação de produtos de origem animal, principalmente carne com osso”, esclarece.

Os animais doentes apresentam feridas (bolhas e aftas) na boca, nas tetas e entre as unhas; salivam em excesso (babam), não comem e não bebem; andam com dificuldade (manqueira); se isolam dos outros animais; apresentam febre alta, podendo ter tremores; e, em vacas leiteiras, pode haver diminuição rápida da produção de leite.

“Quando observar qualquer animal com alguma das alterações características, mesmo que não seja o proprietário, é preciso comunicar imediatamente a Defesa Agropecuária”, pontua a coordenadoria.

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