Região soma 16.223 votos brancos e 23.650 nulos

A região de Presidente Prudente contabilizou 16.223 votos brancos e 23.650 votos considerados como nulos nas eleições municipais de 2020. Os dados estão disponíveis no portal de resultados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e apontam para Presidente Prudente, por causa de seu tamanho e maior quantidade de eleitores, como o município com os maiores números em ambas as estatísticas. 
No que diz respeito aos votos brancos, Presidente Prudente registrou 5.340, enquanto que nos votos nulos foram computados 6.535. Ao todo, no município, foram totalizados 120.553 votos. Em seguida, também com destaque para os altos números, estão: Adamantina, com 18.725 votos, sendo 1.633 brancos e 1.862 nulos; e Dracena, com 25.147 votos, sendo 1.150 brancos e 1.371 nulos.
Vale destacar que, conforme o próprio Tribunal Superior Eleitoral, os votos nulos são como se não existissem. “Não são válidos para fim algum, nem mesmo para determinar o quociente eleitoral da circunscrição”. O órgão ressalta a importância de o eleitor ter consciência de que, votando nulo, não obterá nenhum efeito diferente da desconsideração de seu voto. “Isso mesmo, os votos nulos e brancos não entram no cômputo dos votos, servindo, quando muito, para fins de estatística”.

Voto branco não vai para outro candidato

O TSE reafirmou uma tese já sabida, porém, muitas vezes confrontada, de que o voto em branco não pode ser remetido a outro candidato. Tal história surgiu há muitos anos, quando, antigamente, o voto era marcado em cédulas e posteriormente contabilizado pela junta eleitoral. A informação sobre a possibilidade de o voto em branco ser remetido a outro candidato poderia fazer algum sentido, mas apenas naquela época. 
“Isso porque, ao realizar a contabilização, eventualmente e em virtude de fraude, cédulas em branco poderiam ser preenchidas com o nome de outro candidato”. Hoje em dia, o processo de apuração, assim como a maneira de realizar o voto, mudou. Ambos são realizados de forma eletrônica, conforme lembra o TSE, sendo que a possibilidade de fraudar os votos em branco não persiste. 
“O que se mantém é a falsa concepção de que o voto em branco pode servir para beneficiar outros candidatos, o que é uma falácia”.Foto: