Região tem 87,51% de bovídeas imunizadas contra brucelose

Das 51.418 fêmeas aptas para receber dose, 44.999 foram declaradas como vacinadas pelos criadores; campanha foi prorrogada até 17 de dezembro

REGIÃO - DA REDAÇÃO

Data 30/11/2022
Horário 14:08
Foto: Coordenadoria de Defesa Agropecuária
Bovídeas com idades de três a oito meses devem ser vacinadas até 17 de dezembro
Bovídeas com idades de três a oito meses devem ser vacinadas até 17 de dezembro

A região de Presidente Prudente imunizou, até o momento, 87,51% de fêmeas bovídeas contra a brucelose, cuja campanha de vacinação no Estado de São Paulo foi prorrogada até o dia 17 de dezembro. De acordo com dados emitidos no dia 29 de novembro pelo Gedave (Gestão de Defesa Sanitária Animal e Vegetal), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, há 51.418 fêmeas, com idades de três a oito meses, aptas a receberem a dose na região. Deste total, 44.999 já foram declaradas como vacinadas pelos criadores.

Dos 10.559 animais registrados na coordenadoria regional de Dracena, 8.796 animais foram imunizados, o que corresponde a 83,3%. Na circunscrição regional de Prudente, a proteção está garantida para 16.148 bovídeas entre 18.907 registradas, o que equivale a 85,4%. A área de Presidente Venceslau, por sua vez, tem 20.055 fêmeas vacinadas entre 21.952, atingindo o maior índice de cobertura vacinal na região (91,35%).

Aplicação por especialista

Conforme a Coordenadoria de Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo, nesta etapa, devem ser vacinadas todas as fêmeas, bovinas e bubalinas, de três a oito meses de idade. A declaração da vacinação precisa ser feita pelo produtor até o dia 24 de dezembro por meio do sistema Gedave.

Ainda conforme o órgão, por se tratar de uma vacina viva, passível de infecção para quem a manipula, a imunização deve ser feita por um médico-veterinário cadastrado, que, além de garantir a correta aplicação do imunizante, fornece o atestado de vacinação ao produtor.

A relação dos médicos-veterinários cadastrados na Defesa Agropecuária para realizar a vacinação em diversos municípios do Estado de São Paulo está disponível em www.defesa.agricultura.sp.gov.br/credenciados. A emissão do atestado de vacinação contra brucelose pelo médico-veterinário cadastrado não dispensa a obrigatoriedade da declaração da vacinação.

“Para manter e preservar o rebanho, a Defesa Agropecuária tem foco na obrigatoriedade da vacinação de fêmeas bovinas e bubalinas com a vacina B19 ou RB51; no abate sanitário ou eutanásia de animais positivados com a doença; e na apresentação de atestado negativo durante o transporte de animais destinados à reprodução ou, ainda, para participação em feiras, exposições, leilões e eventos esportivos como rodeio e provas de team penning”, expõe.

Campanhas prorrogadas

As campanhas de vacinação contra a brucelose e contra a febre aftosa estavam previstas para terminar nesta quarta-feira. No entanto, com o objetivo de atender demandas estaduais que envolvem a logística de distribuição de vacinas em todo o país, o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) anunciou, por meio do ofício 90/2022, a prorrogação das etapas até 17 de dezembro. Já o prazo para a declaração vai até 24 de dezembro. No Estado de São Paulo, a ampliação foi decretada por meio da resolução 79/2022, publicada nesta quarta.

Multas previstas

O criador que deixar de vacinar e de comunicar a vacinação estará sujeito a multas que variam de três a cinco UFESPs (Unidades Fiscais do Estado de São Paulo) por animal, sendo de cinco UFESPs (R$ 159,85) por cabeça que deixar de vacinar e três UFESPs (R$ 95,91) por cabeça que deixar de comunicar. O valor de cada UFESP é de R$ 31,97 para o ano de 2022.

O que é a brucelose

Segundo a Coordenadoria de Defesa Agropecuária, a brucelose bovina se caracteriza por afecções endêmicas como abortamento no terço final de gestação e é uma doença de notificação obrigatória ao Mapa e também para a OIE (Organização Mundial da Saúde Animal). Sua incidência causa prejuízos econômicos e depreciação do valor social da propriedade foco da doença devido à diminuição da produção de carne e leite, do aumento do intervalo entre partos e da queda da taxa de natalidade da espécie.

A vacinação obrigatória contra a brucelose é administrada em uma única dose nas fêmeas e não precisa ser ministrada novamente no decorrer da vida útil do animal. Aos machos, por sua vez, não é permitida a vacinação.

Quantitativo de bovídeas vacinadas na região de Prudente

REGIONAIS

REBANHO REGISTRADO

IMUNIZADAS

COBERTURA

Dracena

10.559

8.796

83,30%

Presidente Prudente

18.907

16.148

85,40%

Presidente Venceslau

21.952

20.055

91,35%

Total

51.418

44.999

87,51%

Fonte: Gedave/Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo

Publicidade

Veja também