Região tem aumento de 24,8% na produção de cana
No levantamento, o instituo aponta que Presidente Prudente registrou, em 2014, precipitação média de 1.545,30 mm, quantidade inferior a 2013, com 1.716,75 mm, e 2012, quando registrou 1.583,65 mm.
Com 18.322.125 toneladas de cana-de-açúcar para indústria produzidas na safra 2013/2014, 289.574 toneladas a mais que o fechamento anterior, o EDR (Escritório de Desenvolvimento
Rural), regional de Presidente Prudente, junto com a unidade de Jaú, são as duas únicas regionais que apresentaram índices positivos no balanço final das safras mencionadas. O número representa um aumento de 24,89% na produção total do produto. Já a regional do EDR de Dracena registrou uma queda de 13%, com produção de 9.795.251 toneladas,
e a de Presidente Venceslau, um declínio na produtividade de 14,24%, através da colheita de 8.129.300 toneladas.
Região de Prudente atingiu 18.322.125 toneladas de produção de cana na safra 2013/2014
A estatística foi divulgada pelo IEA (Instituto de Economia Agrícola), que pontua a variação climática – período que registrou pouca chuva e aumento nas temperaturas – como um dos principais motivos para a queda da produção da safra 2013/2014. A pesquisa informa ainda que dos 6.067.106,26 ha (hectares) – área total de plantio de cana-de-açúcar no Estado, em 2014, entre áreas novas e produtivas – 80% foram afetados pela falta de chuva, ou seja, 4.855.328,63 ha tiveram menos de 1,2 mil mm (milímetros) de precipitação e 1.211.777,63 ha contaram com chuva superior a 1,2 mil mm.
No levantamento, o instituo aponta que Presidente Prudente registrou, em 2014, precipitação média de 1.545,30 mm, quantidade inferior a 2013, com 1.716,75 mm, e 2012, quando registrou 1.583,65 mm. A temperatura também sofreu alteração, passando das máximas de 28,53ºC em 2012, para 29,09ºC em 2014. Mesmo assim, a regional conseguiu recuperar a produção que, na safra 2012/13, ficou
abaixo do esperado, apontando uma média de 62,8 t/ha (toneladas por hectare), justificando, assim, o fechamento positivo e um patamar mais próximo à realidade
, conforme pontua o IEA.
Em Dracena, de acordo com o estudo, houve 1.131,37 mm de chuvas em 2014, contra 1.242,43 mm em 2013, e 1.282,10 mm em 2012. Em contrapartida, a temperatura passou de 30,70ºC em 2012, para 30,99ºC no ano passado. Por usa vez, a região de Presidente Venceslau apresentou precipitação média de 1.527,80 mm e temperaturas máximas de 30,19ºC. O levantamento não traz os números de Venceslau referentes aos anos anteriores.
O fato é que, segundo o órgão, a variação climática, associada com outros quesitos, atingiu "em cheio" o resultado final da safra 2013/2014.
Região
Segundo o engenheiro agrônomo da Cati (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral), regional Presidente Prudente, Marco Aurélio Fernandes, o balanço positivo demonstra que a região volta ao patamar de produção como era em anos anteriores. Ele esclarece que a regional – mesmo com a crise no setor, vivenciada em outras localidades – mantém os contratos entre usinas e produtores e somado à alta do preço do álcool ao consumidor, ajudou o fechamento positivo. "Nossa região ainda se mantém forte no segmento
sucroalcooleiro", ressalta.
O engenheiro informa que a expectativa para a safra 2015, em um primeiro nível de estimativa (ao longo do ano são feitos cinco níveis de pesquisa para pontuar a produção da safra e, neste sentindo, os números podem sofrer alteração), é que a produção da região gire e torno de 19.370.445 toneladas.
Em relação aos dados de Dracena, o engenheiro agrônomo e assistente agropecuário do EDR, Marcelo Soares de Sena, explica que a queda da produção se deu, além das alterações do clima – falta de chuva e aquecimento da temperatura – devido à crise nas usinas, que passam momentos de instabilidade financeira e, no caso da regional, a dificuldade de renovação de contrato referente ao arrendamento de terras entre os usineiros e os produtores, acarretando a queda na colheita. Para a safra deste ano, a expectativa inicial é que sejam produzidas 9.793.395 toneladas de cana para indústria.
Já o diretor técnico do EDR de Venceslau, Felipe Melhado, acredita que, assim como apontou o levantamento do IEA, as alterações climáticas "comprometem o rendimento da produção". Ele explica que o escritório, assim como os demais, acompanha diretamente os produtores e, consequentemente, a situação das usinas, com vistas a incentivar e buscar incentivos ao setor. O EDR informou que, no momento, não possui dados referentes à expectativa da safra 2015.
