No encontro com nossos pares ou seres vivos, há diferentes formas de comunicação, expressões e interações durante a convivência diária ou cotidiana. Há possibilidades assimétricas e simétricas; rítmica e arrítmicas; afinadas e desafinadas entre eles. A convivência e a interação podem favorecer a ambos ou apenas a um deles, com ou sem prejuízo.
Penso que todo relacionamento é como uma orquestra, há necessidade de que haja muitos ensaios para que todos os instrumentos permaneçam em uníssono, afinados. Todos são importantes, mas demandam muita atenção e respeito para que não invadam o tempo de entrada de cada um. Cada instrumento tem sua hora, momento e tempo.
Há diferentes formas de interações. “Por “comensal”, por exemplo, entendo uma relação na qual dois objetos compartilham um terceiro, com vantagem para todos os três. Por “simbiótica” entendo uma relação em que um depende do outro para vantagem mútua. Por “parasítica”, quero representar uma relação na qual um objeto depende do outro para produzir um terceiro, que é destrutivo para todos os três” (Bion).
As formas de expressão entre as pessoas são muito importantes, pois podem causar muitos aborrecimentos, principalmente se um deles tem incapacidade para expressar suas emoções que estão regurgitando e sempre as mantém contidas. O equilíbrio de expressões emocionais entre os grupos, pares ou qualquer outra interação entre pessoas é fundamental, se forem adequadas poderão levar ao desenvolvimento que auxiliam toda a dinâmica e contexto e haverá vantagens para todos.
A intimidade é fundamental. Há encontros que somente um deles consegue pensar e conjecturar, o outro inexiste em sua passividade. Levando a uma relação parasítica. É necessário que todos possam expressar, contribuir e participar. Também há relações abusivas, onde um deles impera narcisicamente, em tomadas de decisões em que o outro posterga em inanição, anulando sempre os seus desejos. Tudo deve ser como o outro quer. O encontro é como o diamante. Há um diamante bruto em todos nós. Ele foi um carvão que quando submetido à pressão se transforma nessa bonita pedra, o mesmo acontece com as pessoas, que às vezes precisam passar por dificuldades para melhorar como ser humano.