Sessões extraordinárias marcadas para esta quarta e quinta-feira, na Câmara Municipal de Presidente Prudente, vão discutir, a partir das 13h, os procedimentos de número 38/2025 e 41/2025, que tratam sobre a possibilidade de quebra de decoro parlamentar, previsto no artigo 73 – A da LOM (Lei Orgânica Municipal), pelo vereador Izaque Silva (PL). O ofício de convocação dos parlamentares para os encontros foi lido na sessão ordinária desta segunda-feira.
Nas sessões, serão analisadas pelos vereadores os relatórios das duas Comissões Processantes que foram formadas para apurar as denúncias contra Izaque após um parecer da Comissão de Ética e Disciplina da Casa Legislativa. Ambas tiveram 90 dias para as investigações sobre os casos.
Como noticiado neste diário, dois expedientes que pediam a abertura de processo de cassação do mandato de Izaque foram aprovados na sessão ordinária do dia 4 de agosto. Os documentos, de autoria do procurador jurídico, Fernando Monteiro, e do presidente da Câmara, vereador William César Leite (PP), envolvem ações que teriam sido praticadas por Izaque no encontro do dia 30 de junho, envolvendo “xingamentos e tentativa de agressão física”. Um outro expediente, este sem votação, elaborado por Fernando, ainda pedia uma retratação pública do parlamentar investigado.
O expediente de autoria do procurador jurídico foi aprovado por oito votos a três, enquanto o apresentado por William foi deliberado por nove votos a um. Quanto às comissões, a que apura a denúncia de Fernando é presidida por Luís César Saito Santos, o “Babu da Cohab” (PP), com Edgar Caldeira (União) como relator e Wellington de Souza Neves (Republicanos) como membro. Já o grupo que trabalha com o caso de William, este é presidido por Demerson Dias (Republicanos), com Babu da Cohab como relator, e Guilherme Alencar (Republicanos) como membro.
Sobre as acusações, Izaque declarou que respeita a decisão tomada no plenário da Câmara. “Tenho a consciência tranquila, não cometi nenhum crime, nada que possa denegrir a minha trajetória. Trata-se de um julgamento político”, anunciou. “A partir deste momento, aguardo o direito do contraditório para apresentar a minha defesa e apenas me pronunciar nos autos do processo. Agradeço a compreensão de todos”, complementou o vereador, em meados de agosto.