Muitos desconhecem a história do Brasil, talvez, por isso, não sintam orgulho dela. Provavelmente, em alguns casos, o desinteresse pelo tema nos bancos escolares reflita nesta realidade. Fato é que, desde seus primórdios, nosso país protagonizou cenas memoráveis, com personagens ilustres, que, certamente, deveriam ser enaltecidos e lembrados com muito orgulho. Um deles foi Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Bragança e Bourbon, ou Dom Pedro 2º.
A maioria das pessoas lembra dele como o jovem, emancipado aos 14 anos, para que pudesse se tornar o imperador do Brasil. No entanto, desconhece sua paixão pelas letras e ciências, sendo capaz de falar e escrever em inúmeros idiomas. Seus interesses eram diversos, incluindo antropologia, geografia, geologia, medicina, Direito, estudos religiosos, filosofia, pintura, escultura, teatro, música, química, poesia e tecnologia. Ele era extremamente culto, e, acima de tudo, amava o Brasil. Não é a toa que ele lutava para que o país estivesse sempre na vanguarda das áreas do conhecimento.
Logo cedo, Dom Pedro 2º percebeu que tudo o que aprendera e seguia aprendendo poderia ser usado em benefício do Brasil. Considerava a educação de suma importância nacional, sendo ele próprio um exemplo do valor do aprendizado. Entre seus legados, deixou três livrarias com mais de 60 mil exemplares. Tornou-se o primeiro brasileiro fotógrafo, ao adquirir uma câmera de daguerreótipo em 1840. Além disso, criou um laboratório fotográfico, outro de química e física, e um observatório astronômico.
É triste perceber que o Brasil teve tudo para se desenvolver, tendo como base a educação. Muitos anos se passaram desde que Dom Pedro 2º, considerado o melhor monarca de sua época, ansiava por um país cuja cultura e conhecimento o elevasse a patamares nunca atingidos. Por isso, quando vemos exemplos como o noticiado ontem por este diário, em que uma escola estadual, por meio de uma feira de ciências, fomenta entre os estudantes o amor aos estudos, às pesquisas e inovações, é um grande alento.
Dom Pedro 2º dizia que se não fosse imperador, gostaria de ser professor. “Não conheço tarefa mais nobre do que direcionar as jovens mentes e preparar os homens de amanhã”. Onde foi que o Brasil se perdeu?