Retorno das aulas presenciais divide opiniões

EDITORIAL - DA REDAÇÃO

Data 18/04/2021
Horário 03:07

O retorno das aulas presenciais facultativas nas escolas estaduais de São Paulo divide opiniões: de um lado, o Estado, que classifica a atividade como essencial na pandemia. Do outro, os profissionais da Educação, que mesmo a par da importância do ensino e aprendizado, questionam sobre a segurança perante a propagação do novo coronavírus. Ao mesmo tempo, pais e responsáveis pelos alunos também travam uma luta diante desse retorno - alguns concordam, outros não, o que traz uma certa confusão se este é o melhor momento para a reabertura das salas de aula. 
As aulas presenciais nas escolas estaduais foram retomadas na quarta-feira. Os encontros não são obrigatórios e precisam seguir critérios, como o limite máximo de 35% dos alunos por dia em cada unidade. De acordo com a Secretaria da Educação, a retomada deve priorizar alunos mais vulneráveis: os que têm necessidade de se alimentar na escola; os que possuem dificuldades de acesso à tecnologia e aqueles com a saúde mental em risco ou severa defasagem de aprendizagem. Enquanto isso, os demais permanecem com o ensino à distância.
Diante disso, levantam-se várias questões sobre o momento da volta, sendo o principal em relação à preocupação da categoria não somente sobre a saúde dos alunos, mas à dos servidores. Na semana passada, os que têm mais de 47 anos receberam a primeira dose da vacina contra a Covid-19, e os demais permanecem no aguardo. A “linha de corte” frustrou os profissionais, que temem a proliferação da doença nas salas de aulas e, consequentemente, nas famílias dos servidores. 
Assim como lembrado pela Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial Estado de São Paulo), percebe-se que os pais, mães e responsáveis dos estudantes estão conscientes da gravidade da pandemia, e parte deles não concorda com o retorno presencial. Mas, como frisado pelo Estado, a presença in loco não é obrigatória. No entanto, a dos profissionais é necessária. Talvez, o retorno seja viável somente quando a maior parte dos servidores estiver imunizada, o que trará um consenso sobre a retomada presencial das aulas e dará uma trégua nessa luta.

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