O preço do litro do etanol nos postos de combustíveis de Presidente Prudente apresentou redução média de R$ 0,10, na comparação entre os valores praticados ontem com a quarta-feira passada. Dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) apontam que, no dia 15, o produto chegou a custar R$ 2,69/l, enquanto ontem, pesquisa promovida pela reportagem registrou o menor preço de R$ 2,24/l. A maior queda constatada foi de R$ 0,30/l em um mesmo estabelecimento. Já a gasolina apresentou menor variação, com retração média de R$ 0,10/l. Em vários postos, o valor se manteve.

Pesquisa promovida pela reportagem registrou o menor preço do etanol a R$ 2,24/l

O Cepea (Centro de Estudos Avançados em Econômica Aplicada) da USP (Universidade de São Paulo) pontua que, com distribuidoras abastecidas e retraídas, em época de fim da safra 2016/17 e quase início da 2017/18, os preços dos etanóis hidratado e anidro tiveram novas quedas nas últimas semanas no mercado paulista. "No caso do hidratado, a entrada de volume expressivo do combustível de outros Estados reforçou as quedas nos valores do combustível no mercado paulista", frisa.

Segundo pesquisadores do Cepea, o movimento de baixa também reflete a proximidade do início oficial da safra 2017/18 no centro-sul e a demanda enfraquecida. "Abastecidas com as compras realizadas antes do carnaval, distribuidoras consultadas pelo centro de pesquisas não precisaram adquirir grandes quantidades", destaca. Pontua o Cepea que, de 6 a 10 de março, o indicador Cepea/Esalq do hidratado fechou a R$ 1,5102/litro, sem ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e sem PIS/Cofins (Programa de Integração Social e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), recuo de 3,6% em relação ao do período anterior. Para o anidro, mesmo com a retomada da demanda do nordeste, o indicador Cepea/Esalq do Estado de São Paulo caiu 1% também no comparativo semanal, a R$ 1,6564/l (sem PIS/Cofins) de 6 a 10 de março.

A reportagem entrou em contato com o Sincopetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo) para repercutir o assunto. No entanto, até o fechamento desta edição, não houve resposta.