Reunião discute sobre prospecção de petróleo

REGIÃO - DA REDAÇÃO

Data 24/01/2017
Horário 10:45
 

O prefeito de Presidente Venceslau, Jorge Duran Gonçalez (PSD), promoveu uma reunião, na manhã de ontem, com representantes da empresa Wellfield Serviços Geofísico do Brasil Ltda. O objetivo foi obter esclarecimentos sobre o trabalho realizado na região em busca de prospecção de petróleo.

O evento ocorreu no gabinete da Prefeitura com a presença dos prefeitos José Amauri Lenzoni (PSDB), de Ribeirão dos Índios; Roberto Volpe (PMDB) e vice-prefeito Franklin Ferreira Sanches, de Santo Anastácio; Valdir Aparecido Lopes, Dudu (PMDB), e vice-prefeito Augusto de Brito, de Piquerobi; e Ailton Cesar Herling (PSB), de Teodoro Sampaio.

Jornal O Imparcial Mapa em que estudo é realizado foi exibido ontem a prefeitos

Os representantes da empresa Wellfield expuseram como é realizada a exploração sísmica, bem como todos os dados relacionados ao estudo e o objetivo final do trabalho. Esclareceram que o trabalho é executado com equipamento de precisão e de alta tecnologia, com vistas a mitigar ou zerar a ocorrência de danos aos bens particulares, razão pela qual estão sendo realizadas vistorias antes e depois nos imóveis urbanos e na zona rural.

Explicaram que o trabalho já está gerando mão de obra nas cidades da região e esperam que o estudo inicial resulte em um projeto maior (geofísico), a ser conduzido por outras empresas que eventualmente poderão construir poços para prospecção de petróleo. O mapa em que é realizado o estudo foi exibido através de datashow com as respectivas explicações sobre quilometragem da área de atuação da empresa.

A base de apoio da empresa foi instalada em Venceslau. As permissões são buscadas dos particulares para assegurar indenização e/ou reconstrução de eventuais danos em propriedades de terceiros. Entretanto, representantes da empresa asseguram que os abalos sísmicos são moderados, de modo a não provocar danos.

Nas áreas urbanas serão colocados os sensores, de forma a não danificar o pavimento das vias públicas, havendo a recomposição do estado anterior com eliminação de numeração e eventuais pequenas fissuras. Foi explicado que a aquisição sísmica é usada para definir a forma e distribuição das camadas interiores do subsolo. Método utilizado para definição de estruturas de potencial de acumulação hidrocarbonetos (petróleo e gás), onde se confirma se há ou não petróleo.

As atividades de vibração ocorrerão, em sua maioria, nas estradas rurais. Durante as operações de vibração em estradas, a Wellfield disponibilizará escolta (batedores) para aumentar a segurança e orientar o tráfego de veículos. As atividades de vibração não causam danos ao solo, à fauna e flora.

Foram apresentadas as licenças para as atividades expedidas pelos órgãos competentes, como DER (Departamento de Estradas e Rodagem), ANP (Agência Nacional do Petróleo), além do compromisso da Wellfield com a sustentabilidade e meio ambiente;  respeito à fauna e flora; não corte de árvores; resíduos e afluentes serão destinados corretamente; incentivo à coleta seletiva; respeito à cultura e costumes da comunidade do local.

A empresa se comprometeu que a técnica utilizada e a responsabilidade estão asseguradas e que não haverá danos a particulares. Duran sugeriu que, na execução das obras, um agente público de cada município acompanhe o serviço, o que foi acatado por representante da empresa. E ressaltou que a finalidade da empresa é petróleo e não gás de xisto, como se chegou a ventilar por meio de boatos. A empresa acrescentou que já fez esclarecimento inclusive ao Comitê de Bacias Hidrográficas do Pontal do Paranapanema. Salientou também que a exploração de gás de xisto tem vedações legais e, portanto, não há qualquer correlação do estudo ora realizado com essa exploração ilegal de gás de xisto.

Além dos prefeitos, participaram da reunião os representantes da empresa Wellfield Serviços Geofísico do Brasil LTDA, Márcio Matuoka (topografia), Paulino Stedile (chefe de equipe), Guilherme Betoni (topografia), e Sanderson Marinelli Júnior (coordenador de permissão). Uma ata foi elaborada dos assuntos tratados e todos os participantes assinaram o documento.

 
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