Rosana expõe sucateamento de frota em decreto

Conforme publicação da Prefeitura, situação dos veículos inviabiliza atendimento nas áreas da saúde e limpeza pública

REGIÃO - ANDRÉ ESTEVES

Data 26/01/2017
Horário 14:27


A Prefeitura de Rosana, por meio de decreto publicado ontem, expõe que a atual administração recebeu a frota municipal "totalmente sucateada, quebrada e sem condições de trafegabilidade", especialmente ambulâncias e caminhões de limpeza, cuja "circulação é imprescindível para o atendimento do interesse público".

A reportagem entrou em contato com o prefeito do município, Silvio Gabriel (PSD), a fim de solicitar o número total de veículos que compõem a frota e quantos encontram-se nas condições descritas, no entanto, não obteve o levantamento até o fechamento desta edição. A ex-prefeita da cidade, Sandra Aparecida de Souza Kasai, por sua vez, comunicou que, por conta da falta de recursos para a aquisição de novos veículos, precisou manter uma frota que já apresentava tal estado no início de sua gestão.

Jornal O Imparcial Sandra diz que não havia recurso para renovação da frota

De acordo com a publicação, uma vez que é preciso adotar medidas imediatas com o objetivo de colocar o menor número de veículos em funcionamento ou até mesmo fazer a adesão de outros dentro das disponibilidades financeiras, ficou determinado que os setores de transportes, licitações e financeiros estão encarregados de "tomar todas as providências necessárias no sentido de viabilizar no mais curto espaço de tempo a situação da frota municipal". Além disso, foi designado que veículos e utilitários adquiridos ou recuperados sejam encaminhados prioritariamente para as áreas de saúde, educação e limpeza pública.

 

Mesma frota


A ex-prefeita de Rosana, Sandra Aparecida de Souza Kasai, informa que a frota repassada para a nova administração é a mesma que pegou no início de sua gestão, há quatro anos. Aponta que, durante o mandato, a Prefeitura adquiriu uma van para a Saúde e dois veículos modelo GM/Ônix para o transporte de pacientes, além de um caminhão basculante, no entanto, afirma que a frota "se desgasta muito rápido" com as distâncias que precisam ser percorridas diariamente, principalmente para atender a demanda de transferência do hospital.

"Com a crise financeira que todos os municípios passaram, tive que ir dando manutenção na frota, pois não havia recurso para compra e nem repasse do Estado para esta natureza. Protocolei várias vezes pedidos de ambulância ao governador , contudo, não obtivemos êxito, exceto a ambulância UTI para hospital", posiciona-se.

A ex-chefe do Executivo enfatiza que, em suma, priorizou a folha de pagamento e o pagamento de fornecedores, optando pela manutenção da frota. Ressalta ainda que deixou em conta R$ 1.727.897,00 de recursos próprios e R$ 150 mil de venda de veículos, valor que pode ser utilizado em aquisições para a frota, entendendo, desta forma, que "haverá recurso para iniciar tranquilamente a nova gestão".

 
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