A Prefeitura de Rosana, por meio de decreto publicado ontem, expõe que a atual administração recebeu a frota municipal "totalmente sucateada, quebrada e sem condições de trafegabilidade", especialmente ambulâncias e caminhões de limpeza, cuja "circulação é imprescindível para o atendimento do interesse público".
A reportagem entrou em contato com o prefeito do município, Silvio Gabriel (PSD), a fim de solicitar o número total de veículos que compõem a frota e quantos encontram-se nas condições descritas, no entanto, não obteve o levantamento até o fechamento desta edição. A ex-prefeita da cidade, Sandra Aparecida de Souza Kasai, por sua vez, comunicou que, por conta da falta de recursos para a aquisição de novos veículos, precisou manter uma frota que já apresentava tal estado no início de sua gestão.

Sandra diz que não havia recurso para renovação da frota
De acordo com a publicação, uma vez que é preciso adotar medidas imediatas com o objetivo de colocar o menor número de veículos em funcionamento ou até mesmo fazer a adesão de outros dentro das disponibilidades financeiras, ficou determinado que os setores de transportes, licitações e financeiros estão encarregados de "tomar todas as providências necessárias no sentido de viabilizar no mais curto espaço de tempo a situação da frota municipal". Além disso, foi designado que veículos e utilitários adquiridos ou recuperados sejam encaminhados prioritariamente para as áreas de saúde, educação e limpeza pública.
Mesma frota
A ex-prefeita de Rosana, Sandra Aparecida de Souza Kasai, informa que a frota repassada para a nova administração é a mesma que pegou no início de sua gestão, há quatro anos. Aponta que, durante o mandato, a Prefeitura adquiriu uma van para a Saúde e dois veículos modelo GM/Ônix para o transporte de pacientes, além de um caminhão basculante, no entanto, afirma que a frota "se desgasta muito rápido" com as distâncias que precisam ser percorridas diariamente, principalmente para atender a demanda de transferência do hospital.
"Com a crise financeira que todos os municípios passaram, tive que ir dando manutenção na frota, pois não havia recurso para compra e nem repasse do Estado para esta natureza. Protocolei várias vezes pedidos de ambulância ao governador , contudo, não obtivemos êxito, exceto a ambulância UTI para hospital", posiciona-se.
A ex-chefe do Executivo enfatiza que, em suma, priorizou a folha de pagamento e o pagamento de fornecedores, optando pela manutenção da frota. Ressalta ainda que deixou em conta R$ 1.727.897,00 de recursos próprios e R$ 150 mil de venda de veículos, valor que pode ser utilizado em aquisições para a frota, entendendo, desta forma, que "haverá recurso para iniciar tranquilamente a nova gestão".