De uns tempos para cá as ruas estão mais apinhadas de gente e esclareço que optei pelo termo apinhadas para deixar a crônica, digamos, sofisticada. Brincadeirinha, claro, dona Clara. Transeuntes pra tudo quanto é lado, como no Calçadão de Prudente.
Tem gente que vai lá para "namorar" as vitrines, mas também, é preciso reconhecer, há consumidores, uns com menos e outros com mais dinheiro no bolso. Ou simplesmente dinheiro de plástico representado pelo cartão de crédito ou de débito, sem contar essa bossa-nova chamada PIX. Com a pandemia mais controlada, a tendência é crescer ainda mais o contingente de pessoas nas ruas, não só nas ruas como também em outros logradouros públicos, como as praças, parques e coisa e tal. Aliás, adoro a expressão logradouros públicos.
Por falar em rua, muita gente está na rua da amargura. A rua da amargura s/n é um endereço onde o carteiro não entrega carta ou qualquer outro tipo de correspondência. Como o povo brasileiro é generoso, as pessoas mais necessitadas, como os moradores de rua, sempre contarão com atendimento pra de lá de humano, o que é muito bom, ainda mais agora neste inverno que assusta até urso polar. Ou até surpreende esquimó.
Além do Calçadão, constata-se também aumento de transeuntes em muitas outras ruas e avenidas. Isso dá um quê ou uma aparência de normalidade depois de quase dois anos de pandemia.
Algumas coisas na rua são divertidas, como os malabaristas nos cruzamentos, verdadeiros artistas da rua até sob um sol escaldante. A vida também é suor e, como diz o príncipe Charles, esperto é o dono da sauna que ganha a vida com o suor dos outros.
DROPS
Dez gatos que não caçam ratos não valem por um que caça.
(ditado budista)
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Tem marido que falha mais do que pistola da Taurus.
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