Sabor, composição e preço: cada vez mais os alimentos “plant based” são preteridos em relação à proteína animal

Cristiano Machado

COLUNA - Cristiano Machado

Data 15/02/2024
Horário 07:08
Foto: Divulgação/Texto 
Victor Paulo Silva Miranda: flexitarianos caíram de 10% para 8%
Victor Paulo Silva Miranda: flexitarianos caíram de 10% para 8%

Por Victor Paulo Silva Miranda e Nabih Amin El Aouar

Os produtos plant based – alimentos à base de vegetais ou cultivados em laboratório utilizados principalmente em substituição às proteínas de origem animal – enfrentam cada vez mais desafios para atrair os consumidores, com sensível queda na demanda, atribuída em grande parte às preocupações dos consumidores com o sabor, a composição nutricional e o preço. Essa realidade foi comprovada em estudo produzido pelo Mintel Group, empresa britânica de pesquisa de mercado com relevância global.
De acordo com a pesquisa, as vendas de produtos plant based – que atingiram o auge em 2020 – têm diminuído desde então, à medida que os consumidores estão abandonando a categoria em busca de opções mais nutritivas. A Mintel revelou que 48% dos consumidores consideram o sabor como uma importante preocupação, 35% acreditam que a carne animal é uma melhor fonte de nutrientes e 34% acham os produtos à base de plantas muito caros.
Alguns adeptos de alimentos plant based, cujo marketing prometia a replicação do sabor e da textura da carne, estão revendo suas escolhas e retornando para uma dieta com opções mais tradicionais e nutritivas, como a proteína bovina. Há dados que evidenciam isso. Conforme a Mintel, o número de pessoas com dieta reduzida de carne caiu de 21% para 18%, de 2022 para 2023. A categoria dos flexitarianos passou de 10% para 8% no período.
Nesse cenário, a questão nutricional é central. A proteína animal é uma fonte superior de nutrientes em comparação aos produtos à base de plantas. E os consumidores frequentemente expressam dúvidas sobre a qualidade desses produtos, como indica a pesquisa. A carne vermelha é uma fonte de nutrientes essenciais para a saúde humana, como proteínas de alta qualidade, cálcio, zinco, vitamina B12 e selênio.
A carne Nelore, por exemplo – que conta com 80% do rebanho bovino nacional, estimado pelo IBGE em mais de 234 milhões de cabeças – também desempenha papel essencial na prevenção da anemia por deficiência de ferro, o que ajuda a prevenir doenças e a cuidar melhor da saúde das pessoas de todas as idades, gêneros e classes sociais – aliás, de forma muito mais acessível.
A carne bovina é parte valiosa da nossa cultura alimentar. Além disso, a produção de proteína vermelha é parte vital da nossa economia, proporcionando emprego e renda para milhões de pessoas. Além de muito saborosa.

* Victor Paulo Silva Miranda é presidente da ACNB (Associação dos Criadores de Nelore do Brasil).
* Nabih Amin El Aouar é vice-presidente da ACNB.

Divulgação/Texto 

El Aouar: Carne vermelha é uma fonte de nutrientes essenciais para a saúde humana

Nas ondas do rádio 

Consumo de peixes nesta época do ano: atenção à escolha do local onde será adquirido o alimento, observando-se a higiene, além das condições apropriadas para armazenamento e conservação do produto, são práticas simples, mas essenciais. 
Érika Furlan, do Instituto de Pesca (IP-Apta), concedeu entrevista ao Agro & Negócios, da Rádio 101,1 FM de Presidente Prudente.  Confira: www.norteagropecuario.com.br 

 

 

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