Santas Casas solicitam repasses ao governo

Além dessa requisição, o provedor cobrou da secretaria o repasse de R$ 1,5 milhão que, segundo ele, havia sido prometido pelo governo estadual há cerca de três anos.

PRUDENTE - Iury Greghi

Data 07/12/2012
Horário 08:37
Jornal O Imparcial Unidade prudentina aguarda repasse de R$ 1,5 milhão para reforma no pronto-socorro.

Representantes das Santas Casas de Presidente Prudente e Presidente Venceslau estiveram reunidos com o Secretário de Estado da Saúde, Giovanni Guido Cerri, para solicitar repasses às unidades de saúde. Além de verbas destinadas a melhorias na infraestrutura dos prédios, o provedor do hospital prudentino, Francelino Magalhães, requer ainda o repasse de aproximadamente R$ 900 mil, que deveria ter sido encaminhado pelo Estado entre janeiro e julho do ano passado, por meio do Pró-Santa Casa.

Conforme Magalhães, a entidade recebe por mês R$ 130 mil pelo Pró-Santa Casa, programa criado pela Secretaria de Estado da Saúde com a finalidade de amenizar os efeitos da crise financeira dos hospitais filantrópicos que prestam serviços ao Sistema Único de Saúde (SUS). No primeiro semestre do ano passado, entretanto, o compromisso não foi cumprido pela pasta, nas palavras do provedor. "Na nossa situação, uma verba dessa faria diferença", aponta. Segundo ele, a situação da entidade é "cômoda", haja vista que todas as contas têm sido pagas em dia. Contudo, a verba é apertada. "Não sobra nada", diz.

Além dessa requisição, o provedor cobrou da secretaria o repasse de R$ 1,5 milhão que, segundo ele, havia sido prometido pelo governo estadual há cerca de três anos. "Não veio nada até hoje. Precisamos dessa verba para fazer melhorias no pronto-socorro", comenta.

A reportagem procurou o provedor da Santa Casa de Presidente Venceslau, Antonio José Aldrighi dos Santos, mas ele não foi encontrado para comentar sobre as solicitações. Entretanto, conforme a assessoria do deputado estadual Mauro Bragato (PSDB), que intermediou o encontro, a entidade venceslauense requer a liberação de R$ 500 mil para custeio dos gastos. Ainda conforme a assessoria de Bragato, Cerri se manifestou aberto a buscar linhas de financiamento, com juros subsidiados, para as Santas Casas do Estado. "O problema não está no Estado, está na tabela do SUS, defasada", afirmou.

 

Desconhecimento

A pasta da Saúde informou, por meio da Assessoria de Imprensa, que desconhece a informação do atraso no pagamento dos repasses, mas que irá averiguar o caso. "É importante salientar que alguns fatores podem ocasionar o atraso ou o não pagamento do Pró-Santa Casa, como a falta de documentação ou de prestação de contas", completa.

 

Dificuldades financeiras


Há cerca de 20 dias, O Imparcial ouviu as sete unidades da região que recebem recursos do Programa Estadual Pró-Santas Casas: Junqueirópolis, Tupi Paulista, Presidente Prudente, Presidente Epitácio, Presidente Venceslau, Rancharia e Teodoro Sampaio. De todas elas, seis apresentaram dificuldades financeiras e de estrutura para atender a demanda do município e de vizinhos.

Na mesma oportunidade, a reportagem divulgou a elaboração de uma "Carta do Interior" que seria enviada aos governos estadual e federal, com o intuito de sensibilizá-los quanto aos problemas enfrentados pelas instituições.
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