Tudo correu bem no primeiro dia das provas do Saresp (Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo), em Presidente Prudente, segundo o coordenador do exame da Diretoria de Ensino, Marcelo Almada Leitão. "Depois de 40% das escolas terem repassado as informações sobre a avaliação, nenhuma apontou qualquer tipo de problema que possa interferir no resultado", destaca, pontuando que a média de participação dos alunos nas unidades da região foi de 90%.

Joana D’Arc: "É importante valorizar quem realizou a avaliação"
"A gente vem fazendo um trabalho de conscientização, para deixar claro que o objetivo do Saresp é avaliar a escola, a série e o sistema de ensino, e não o estudante", afirma Marcelo. "Todos querem sair de uma escola que tem um bom índice de avaliação e os alunos devem ter orgulho disso", enfatiza.
Um exemplo que ilustra a dedicação dos estudantes em relação ao Saresp é o da Escola Estadual Marechal do Ar Márcio de Souza e Mello, no Parque dos Pinheiros, em Álvares Machado, que foi atingida por um incêndio, na noite do dia 23 de novembro, quando três salas de aula ficaram totalmente destruídas e uma parcialmente comprometida.
"Nesta unidade, em Machado, na qual a expectativa era de uma participação reduzida, por conta do incêndio, tivemos 100% de presença dos alunos", exemplifica o coordenador do Saresp, lembrando que as provas continuam hoje em toda a região, exceto em Machado, onde elas serão adiadas para o dia 1º de dezembro por conta de um feriado municipal.
Baixa adesão
Uma das exceções em relação à participação dos estudantes no Saresp foi na Escola Estadual Monsenhor Sarrion, em Prudente, na qual a presença reduzida dos alunos em algumas salas de aula desapontou a diretora da unidade. "Fizemos um trabalho de divulgação, mas, infelizmente, eles não demonstraram esse compromisso", afirma Joana D’Arc Patrício do Nascimento, que dirige a escola.
Segundo ela, uma das salas do 3º ano do ensino médio, com 35 estudantes, teve a presença de apenas dois alunos. "O aluno faz as coisas por nota e o Saresp vem para testar o índice de aprendizagem. Então, eles perguntam: ‘O que vou ganhar fazendo a prova?’", revela.
Para o coordenador do Saresp na região, a pouca adesão, neste caso, não prejudica a nota da escola. "Eles têm seis terceiros anos e a ausência de uma sala não prejudica o resultado da série", explica Marcelo. No ano passado, o Sarrion teve a segunda melhor nota do Saresp na cidade. "É importante valorizar quem realizou a avaliação e estou confiante que eles têm qualidade e que vamos superar as expectativas", diz Joana D’Arc.