Secult expõe projetos para representantes de conselhos, em encontro aberto em PP

Secretário diz que pasta estará pronta para ouvir e debater com a classe artística e a comunidade toda e qualquer proposta cultural; próxima reunião, que segue até o dia 14, ocorre já nesta segunda-feira, às 11h, no Matarazzo, com pessoas ligadas à música

VARIEDADES - OSLAINE SILVA

Data 04/02/2017
Horário 09:26
 

Em um novo formato, a Secult (Secretaria Municipal de Cultura) iniciou ontem, no Auditório Sebastião Jorge Chammé, do Centro Cultural Matarazzo, uma série de encontros abertos com a classe artística de Presidente Prudente, que seguirão até o dia 14, sempre às 11h. Dentre mais de 20 participantes, a abertura foi com a presença de representantes do Comuc (Conselho Municipal de Políticas Culturais) e Comudephaat (Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico).

Abrindo a reunião, o secretário de Cultura, José Fábio Sousa Nougueira, fez a apresentação da equipe de trabalho da pasta, entre diretores e coordenadores dos principais eventos do município, como o Fentepp (Festival Nacional de Presidente Prudente), Festival de Música, São João Fest e Salão do Livro.

Jornal O Imparcial Representantes dos conselhos gostaram das propostas apresentadas na manhã de ontem, em reunião, no Matarazzo

"Tal apresentação, como já foi publicada, se justifica como uma forma de facilitar o diálogo, estreitar as relações para debate e discussões sobre as políticas públicas de cultura. Caso a comunidade artística precise reivindicar algo, não tem a necessidade de falar comigo, mas isso pode ser direto com qualquer um dos responsáveis que tem o poder de comando, autonomia em suas áreas específicas", expôs Fábio.

De acordo com o secretário, como parte da proposta do prefeito Nelson Roberto Bugalho (PTB), para toda e qualquer proposta de programação, a Secult estará pronta para ouvir e debater com os conselhos e a comunidade o que tange às decisões.

Ele relembrou que durante a campanha e depois da eleição do Nelson Bugalho, ficou claro de que ele não estaria à frente da Secult. Contudo, este o convidou a ficar. Fábio expôs seu cansaço e disse que era momento de mudanças, de implementar uma nova política cultural. E seguramente era necessária uma outra pessoa à frente da pasta.

"Fiz um acordo com ele, que se em seis meses eu não conseguisse ser uma nova figura, sairia da gestão. É ai que entra o Denílson Biguete como assessor do secretário, pois ele reúne todas as questões de conhecimento da secretaria e conhece os anseios da classe artística. Baseado nisso, estamos implantando o novo formato na política cultural do município, ainda que em continuidade de um mesmo governo, um mesmo secretário", frisou Fábio.

 

Parceria

Na política de relação, o secretário salientou que a pasta quer firmar o compromisso e assumir com os conselhos e a classe artística, que na execução das ações culturais do município, as pessoas constatarão coisas sendo feitas que saíram dessas reuniões. Destacou a importância de representantes dos conselhos em todas as reuniões.

"Sempre achamos que muita coisa deveria ser mudada, mas vem o medo, especialmente falando de eventos já consagrados. Elencamos então, 2017, para que essas evoluções aconteçam. Gostaríamos de centralizar nos dois conselhos as propostas de mudança, evolução, melhoria, ou uma pequena curva do que vinha sendo feito no Fentepp e Salão do Livro. Assim como ter representantes na comissão organizadora de ambos os eventos", destacou o gestor cultural.

Representando o Comudephaat, tanto o presidente Josué Pantaleão quanto a vice-presidente Marcia Cristina de Lima Aguillar Bolzani gostaram das propostas da pasta. "Ficamos felizes com essa cara nova da Cultura. Porque é essa visão que pretendemos. Queremos andar e parece que agora realmente existe uma nova abertura à nossa frente. Deixamos claro que também estamos abertos para debates e discussões, receber as propostas aqui expostas para contribuirmos de forma mais ‘efetiva’, trabalharmos todos juntos para que nossa cultura caminhe cada vez melhor", frisou o presidente.

Michael Hellison Jantorpe Gomes, presidente do Comuc, salientou que "faltava essa aproximação, desse intenso diálogo e que os anseios que são necessários fossem atendidos. Então a estimativa do conselho é muito positiva para este ano. Teremos uma série de alterações administrativas no Comuc, e o momento é muito importante".

 

Questões do plano

Dentre várias pautas, Denílson explanou sobre duas muito importantes: o Plano Municipal de Cultura há alguns anos em discussão, que prevê inúmeras ações para serem realizadas nos próximos dez anos, mas também diz que existem ações que precisam ser colocadas na comunidade em discussão imediatamente.

"O plano já está praticamente pronto, foi escrito por uma comissão e para continuar essa discussão, chamamos os conselhos para o Fórum Conferência para tornar público esse documento, para que possa ser debatido publicamente e entre nas vias de fato para sua publicação", acentuou.

Conforme o assessor, outra ação que partiu de uma ideia do prefeito e está em discussão, em fase de estudos, é em relação a um espaço voltado especialmente para a realização de grandes eventos, como a Virada Cultural, quais são realizados atualmente no Parque do Povo.

A ideia é que alguns sejam levados para o Centro Olímpico, local parcialmente cercado, que receberá uma estrutura especial, e terá ao lado espaço para demais eventos. A ideia é que ocorram em lugares em que a natureza não venha sofrer agressões, como vem acontecendo no Parque do Povo.

 

Incentivo fiscal

Outro assunto polêmico e importante para a cidade, que está previsto no plano, segundo Denílson, é a Lei de Incentivo Fiscal, renúncia fiscal do ISS (Imposto Sobre Serviços) e IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano). "Entregamos pessoalmente a lei já reformada, baseada na Lei Portela, na das paranaenses Maringá e Londrina e Mogi Mirim, que é a mais atual, publicada recentemente. Ou seja, já está em análise no Jurídico e Finanças da Prefeitura", destaca.

Outro assunto comentado foi o GirArte, que conforme Denílson, na primeira edição atendeu 28 projetos e pode ser ampliado neste ano, atendendo as reivindicações da população de que tenha mais atividades culturais nos bairros periféricos, nos distritos. E atendendo a classe artística, que quer mostrar seu trabalho profissionalmente. Então a ideia da ação, que também está sendo analisada, é focar esse projeto com espetáculos de música, teatro e dança. Mais informações serão publicadas em breve.

 

PRÓXIMOS ENCONTROS


Dia 6 – Música

Dia 7 – Teatro e Circo

Dia 8 – Dança

Dia 9 – Literatura

Dia 10 – Artes plásticas, escultura, cinema, fotografia e mídias digitais

Dia 13 – Artesanato

Dia 14 – Cultura popular

 
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