Em reunião realizada na tarde de ontem, na Escola Municipal Professora Eliane Tadiotto Araújo, no Residencial Cremonezzi, em Presidente Prudente, representantes da Seduc (Secretaria Municipal de Educação) confirmaram a permanência de toda a equipe profissional na instituição de ensino, bem como nas outras duas unidades que eram administradas pelo Ciop (Consórcio Intermunicipal do Oeste Paulista) e não tiveram o contrato renovado com a Prefeitura: Escola Municipal Carla Simone da Silva Alves, localizada no Residencial Monte Carlo, e Escola Municipal Sylvia Marlene Pereira Faustino, no Conjunto Habitacional João Domingos Netto. A reportagem não teve autorização para participar do encontro, mas a informação foi confirmada na tarde de ontem pela titular da pasta, Sônia Maria Pelegrini.
O assunto vem sendo acompanhado pelo jornal O Imparcial, desde o fim do mês passado, quando a secretaria anunciou a não renovação do contrato com o Ciop, destinado à administração das escolas. Na ocasião, a mudança foi baseada na decisão do TCE-SP (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo), que, segundo a municipalidade, diz respeito à inclusão dos funcionários dos referidos contratos na folha de pagamento do município, “que já se encontra no limite prudencial estabelecido na Lei de Responsabilidade Fiscal”.
Contudo, a situação gerou inquietude por parte de quem atua nos locais, e, principalmente, em quem possui filho matriculado nas instituições. Como é o caso da Adriane Rodrigues Tosta, cujo filho estuda na unidade do Residencial Cremonezzi. Segundo ela, a troca de funcionários poderia gerar problemas na adaptação das crianças. “Eles são ótimos com os alunos e lecionam um ensino considerado avançado por todos nós”, completa. Ela menciona ainda que vai aguardar um posicionamento por escrito da Prefeitura, confirmando a permanência dos servidores públicos.
Assim como Adriane, Elisângela Barbosa, que é representante de bairro do Residencial Cremonezzi, também esteve na reunião representando pais e responsáveis do entorno. Para ela, que também confirmou a informação repassada pelos membros da Seduc, a decisão tranquiliza, uma vez que a ideia é promover o bem-estar dos alunos. “Eles prometeram e agora terão que cumprir. Não é justo os servidores perderem os empregos e as crianças também sofrerem com as mudanças”. Na virada de ano, ela e outras mães presentes no local confirmaram que acompanharão o cenário.
Por meio de nota, a administração municipal ainda esclareceu que as aulas, nos três locais, ocorrem normalmente até o dia 19 de dezembro, conforme estabelecido no calendário escolar da rede municipal de ensino. “As três unidades continuarão em atendimento normal no ano de 2019”. Cada local atende cerca de 150 alunos.
Aviso prévio
Como noticiado por este diário, ao longo da semana, a direção do Ciop entregou o aviso prévio para os servidores nas intuições. Como informado inicialmente, são 138 profissionais que foram afetados com a ruptura do contrato.
