Segurança: um assunto de Estado!

OPINIÃO - João Doria

Data 30/01/2019
Horário 04:30

Os recentes ataques criminosos contra os cidadãos e o Estado do Ceará não são fatos isolados. O problema se repete em outras regiões do Brasil, num ciclo intolerável de violência. Como chegamos a esse ponto? Não por acaso. O Brasil rompeu o patamar dos 60 mil homicídios anuais sob os governos do PT, que representaram uma década e meia de completa omissão na área da segurança pública. Os Estados tinham de combater o crime isolados, sem repasses, sem apoio, sem integração com outras agências, completamente no escuro. O governo federal não foi apenas incompetente: tinha uma visão de mundo absolutamente torta, segundo a qual criminosos não podiam ser punidos porque não passavam de pobres vítimas da sociedade.

Os brasileiros, nas urnas, disseram basta. Agora, os Estados têm como parceiro o ministro da Justiça, Sergio Moro, o homem que derrotou os criminosos do colarinho branco e está empenhado em fazer o mesmo com o crime organizado. O ministro Moro e eu já nos reunimos duas vezes neste início de governo. Como resultado desse entendimento, em apenas 15 dias, São Paulo realizou três megaoperações de fiscalização e segurança urbana e rural – uma delas com participação da Polícia Rodoviária Federal, trabalhando lado a lado com a Polícia Militar.

Nessas ações, colocamos nas ruas do Estado mais de 67 mil policiais que abordaram mais de 150 mil pessoas e vistoriaram quase 86 mil veículos. Em 72 horas, prendemos 424 pessoas em flagrante, recapturamos 319 fugitivos, recuperamos 100 veículos roubados e apreendemos 90 quilos de drogas.

É preciso fazer muito mais em segurança pública. E fazer mais rápido, para devolver a tranquilidade à nossa população. Por isso autorizei o uso de espingardas calibre 12 por todas as equipes da Polícia Militar paulista, dia e noite, em todas as regiões do Estado. Todos, inclusive cabos e soldados, estarão armados com 5 mil dessas novas e mais potentes armas.

Há quase 20 anos, sucessivos governos paulistas vêm reduzindo os homicídios de forma sustentada. Mas isso não foi suficiente para reduzir a insegurança nas ruas. Nosso plano de combate ao crime prevê a instalação de 17 novos Baeps (Batalhões de Ações Especiais), que levarão o padrão operacional da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) a todas as regiões do Estado. Os novos Deics (Departamentos de Investigações sobre o Crime Organizado) regionais darão mais eficiência investigativa à Polícia Civil, e os COIs (Centros de Operação Integrada) municipais integrarão as ações de PMs, GCMs, Polícia Civil e Bombeiros.

Em outra frente, vamos valorizar os policiais e melhorar seus equipamentos de trabalho. Outra inovação será a criação de presídios sob administração privada, que são mais seguros para a sociedade e capacitados a recuperar os presos por meio do estudo e do trabalho. São Paulo está pronto a encabeçar uma nova era da segurança pública no país. Quem já conseguiu fazer a redução histórica do índice de homicídios está pronto para dar os próximos passos. E alcançar um patamar de excelência no combate ao crime.

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