Sem acordo, professores decidem manter greve
“Há condições para que a Unesp, a USP [Universidade de São Paulo] e a Unicamp [Universidade de Campinas] consigam minimizar esse problema financeiro alegado pelas reitorias. Só falta os reitores participarem das reuniões e aceitarem essas soluções", completa.
Em mais uma reunião realizada na manhã de ontem, com a presença de cerca de 40 pessoas, os professores da Unesp (Universidade Estadual Paulista), em Presidente Prudente, votaram pela manutenção da greve que já dura quase três meses. Alunos e funcionários também fizeram reuniões, mas não foram localizados pela reportagem para confirmar os resultados dos encontros.
"A greve está mantida pelos docentes e a tendência é que permaneça nas outras categorias também", afirma Ricardo Pires de Paula, presidente da Adunesp (Associação dos Docentes da Unesp) em Prudente. "Há condições para que a Unesp, a USP e a Unicamp consigam minimizar esse problema financeiro alegado pelas reitorias. Só falta os reitores participarem das reuniões e aceitarem essas soluções", completa.
Docentes se reuniram na Unesp e decidiram continuar paralisados
Ele se refere à reunião ocorrida na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) na semana passada, que teria confirmado a possibilidade de liberação de verbas emergências para as instituições de ensino. "Os deputados estão dispostos a ajudar", detalha de Paula. Segundo ele, uma nova reunião na Alesp será marcada para a próxima semana e uma assembleia, envolvendo alunos, professores e funcionários, está agendada para amanhã, às 9h, no auditório da Unesp em Prudente.
Proposta
A respeito da possível participação da reitoria da Unesp na reunião na Alesp, a universidade informou que ainda não recebeu nenhum convite e, por isso, não pode se pronunciar sobre o assunto. No início de agosto, a reitoria propôs um abono de 21% aplicados sobre os salários de julho de 2014, abrangendo docentes e servidores, ativos e aposentados, e ofereceu também o reajuste do vale alimentação de R$ 600,00 para R$ 850,00.