Uma paixão mundial, que ganhou até uma data especial, 7 de julho, para ser comemorado como Dia Mundial do Chocolate, ele é conhecido pelo sabor peculiar e pela sensação de prazer que causa ao ser degustado. E neste período tão difícil que a humanidade vem passando, com isolamento social das pessoas em quarentena dentro de suas casas, por conta da pandemia da Covid-19, causada pelo novo coronavírus, a psicóloga clínica e neuropsicóloga Aline Tanaka Campos, explica que é natural que muitos recorram aos doces para aliviar o estresse.
“Isso porque as pessoas estão mais vulneráveis e ansiosas. E precisam de uma fonte de prazer, podendo ser os doces. E o chocolate libera o hormônio do prazer, a serotonina. Assim o cérebro produz uma sensação de relaxamento e melhora o humor. Mas, é importante destacar que quando o consumo vira uma dependência e em excesso, não funciona. Tudo que é demais não é bom. É preciso ter o equilíbrio”, alerta a psicóloga.
A nutricionista Maira Tatiana Viviani também faz alertas importantes aos que almejam obter benefícios ao consumir este produto que é amado pela maioria das pessoas, se apresenta nas versões: branco, ao leite, meio amargo e amargo. “Primeiramente é preciso atentar-se ao teor de cacau, pois esta quantidade é que o faz ser um vilão ao incluí-lo em um alimento nas dietas. O chocolate ingerido deve ter no mínimo 70% de cacau”, destaca a profissional.
Conforme Maira, no chocolate amargo além desta porcentagem, as quantidades de açúcar e gordura são menores que nos demais tipos. Além disso, ele não contém leite e se consumido até 30 g (gramas) por dia, pode produzir benefícios ao organismo. Os responsáveis para tanto, segundo ela, são os flavonóides que combatem os radicais livres. “O chocolate amargo é ainda fonte de ferro, fibras, magnésio, cafeína e teobromina [estimulantes do SNC (sistema nervoso central)], quais contribuem para melhorar a concentração e proporcionar sensação de felicidade, ao liberar a dopamina no cérebro. Mas fique de olho, pois 30 g fornecem 180 calorias”, pontua a nutricionista.
Já o chocolate meio amargo, Maira diz que possui ao menos 40% de cacau e menores quantidades de leite e açúcar que outros. No entanto, esta porcentagem não é suficiente para proporcionar benefícios positivos à saúde.
Quanto ao chocolate branco, este não possui cacau, apenas a manteiga do cacau, acrescida de leite em pó, açúcar (cerca de 59%), lecitina e essência de baunilha. “Há ainda empresas que adicionam gordura hidrogenada, o que o transforma no menos indicado dentre os chocolates. Assim sendo, fica a dica ao comprar um tablete de chocolate ou qualquer alimento: leia os ingredientes dele, pois o primeiro que aparece, é exatamente o que têm em maior quantidade no produto”, frisa a nutricionista.
“AS PESSOAS ESTÃO MAIS VULNERÁVEIS E ANSIOSAS. E PRECISAM DE UMA FONTE DE PRAZER, PODENDO SER OS DOCES. E O CHOCOLATE LIBERA O HORMÔNIO DO PRAZER, A SEROTONINA”
Aline Tanaka Campos
Fotos: Cedidas
Psicóloga Aline explica que é natural recorrer aos doces para aliviar o estresse
Maira alerta sobre como obter benefícios com consumo de chocolate