Semob registra 5.677 infrações de trânsito neste ano

No primeiro quadrimestre de 2021, a Semob (Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Cooperação em Segurança Pública) registrou aumento de 101,52% no total de infrações de trânsito registradas em Presidente Prudente. O número saltou de 2.817 para 5.677 no comparativo entre janeiro e abril de 2020, conforme o levantamento fornecido à reportagem.

“Em 2020 as infrações tiveram um número mitigado, por conta da circulação de pessoas no começo da pandemia, e neste ano, praticamente as atividades começaram a voltar”, afirma o secretário da Semob, major reserva da Polícia Militar, Luiz Edson de Souza. “Pelo fato de o comércio estar fechado, manteve aquela fiscalização voltada à orientação, esclarecimento, e teoricamente, as pessoas não deveriam estar circulando”, esclarece.

Ainda conforme o balanço, neste ano, radares também passaram a registrar a parada em local proibido e o avanço ao sinal vermelho, o que pode aumentar ainda mais as chances de flagrantes, além das observadas pelos agentes. “Se não houver uma atividade mais incisiva do poder público, as pessoas acabam relaxando e descumprindo mais as leis. Então, começamos a fazer orientação também com autuação, por isso o índice ficou extremamente elevado, principalmente nos últimos meses”, afirma o titular.

Entre as infrações mais frequentes, conforme o major, estão: passagem em semáforo vermelho, excesso de velocidade e parada sobre faixa de pedestre, a última, recorrente e mais registrada por agentes e radares que captam esse tipo de parada. “As autuações por excesso de velocidade e passagem em semáforo fechado, a gente entende que deveria ocorrer maior incidência durante a semana, quando as pessoas transitam mais. Porém, se for tratar proporcionalmente, ocorrem mais aos fins de semana e feriados”, afirma Edson.

Trechos de atenção

A Avenida Manoel Goulart é a que apresenta maior índice de passagem em semáforo vermelho e excesso de velocidade em toda a sua extensão. De acordo com o secretário, ela é dotada de radares reguladores de velocidade, e não redutores, exceto o que fica próximo ao cruzamento com a Coronel Marcondes, onde a velocidade da via é reduzida de 60 km/h para 50 km/h. “Foi instalado aquele redutor exatamente porque o índice de acidente naquela região era elevado, e mesmo assim ainda ocorrem infrações”.

Já em relação à rodovia, merecem atenção a Comendador Alberto Bonfiglioli, Raimundo Maiolini, Estrada da Amizade e, a considerada “mais perigosa”, a Ângelo Rena. “Nela, ainda não temos a implantação de radares, mas nós vamos instalar, porque é um mecanismo de defesa, de controle e que com certeza vai reduzir ainda mais o índice de acidentes”, afirma Edson, que lembra: “a maior parte das infrações de trânsito e acidentes que ocorrem naquela região da Ângelo Rena não são por culpa da via, mas por desrespeito às normas e imprudência do condutor”.

Campanha de trânsito

A fim de contribuir para a reeducação do trânsito, a Semob tem adotado medidas nas redes sociais e na imprensa, a fim de deixar o motorista ciente do respeito às normas. “Nossos agentes estão em trânsito, fazendo campanha de divulgação, esclarecimentos, orientação, principalmente, o de educação. Lembrando sempre, que o trânsito é composto por três pilares que sustentam a mobilidade urbana com segurança: a via, o veículo e o condutor. A via e o veículo têm que proporcionar segurança e sinalização, e o condutor tem que ser educado”, explica.

“E essa é nossa função, é assim que nós estamos fazendo e é assim que vamos agir, primeiro orientamos, corrigimos e, se for o caso, autuamos. Contamos sempre com o apoio da própria sociedade em dois aspectos: o primeiro, que sejam mais cumpridores das normas, e o outro, como estamos trabalhando com uma administração mais participativa, contamos com o apoio para nos ajudar a fiscalizar o trânsito; ou que nos avise, ou que procure essa pessoa e a oriente.. O órgão executivo de trânsito não está aqui simplesmente para autuar, estamos aqui para reduzir e nossa meta é reduzir o índice de acidente, paralelo a atividade de também reduzirmos o índice de autuações, porque não é nosso objetivo ficar autando as pessoas”.