Sexo frágil? Que nada! Mulher merece respeito!

EDITORIAL -

Data 03/10/2020
Horário 04:12

Sexo frágil? Que nada! Com o passar dos anos, a mulher tem conquistado seu espaço na sociedade – resultado que surge após décadas de luta em busca de igualdade aos homens. Em meio a tantos julgamentos e desconfianças da capacidade feminina, mostram que o machismo na sociedade não tem vez e que merece “o basta” de uma vez por todas. No entanto, apesar das conquistas, a luta está longe do fim, e merece uma união maior principalmente entre elas mesmas. 
No mercado de trabalho, por exemplo, o sexo feminino mostra que pode ser melhor do que muitos imaginam, vivências que demonstram o verdadeiro empoderamento feminino.Na edição de ontem, este diário trouxe uma reportagem com a soldado da Polícia Militar, Aléxia Fama, que atua no efetivo do 8º Baep (Batalhão de Ações Especiais de Polícia). Como ela mesma disse, na corporação quebrou muitas barreiras, dentre os quais está a conquista no primeiro lugar do curso de direção policial preventiva, à frente de 24 homens. Quem disse que mulher não pode ser policial? Dirigir, então? São julgamentos que não merecem estar na boca do povo.
Outra personagem de destaque no batalhão é a soldado Anna Caroline Funayama Soares, que alcançou seu espaço no policiamento de choque. Mas não precisa chegar ao universo da segurança pública para encontrar histórias de superação. A margarida, Maria Pinto Ferreira, que há 26 anos é responsável pela limpeza de Presidente Prudente, foi destaque neste ano em reportagem sobre o Dia Internacional da Mulher. Com o sorriso estampado no rosto, mostra o profissionalismo diante dos olhares tortos daqueles que não respeitam o seu trabalho. 
Mas será que “Aléxias”, “Annas” e “Marias” recebem realmente o agradecimento da sociedade? Uma coisa é falar que apoia a luta das mulheres, a outra é de fato lutar junto delas para a quebra de paradigmas impostos na cultura brasileira. Mesmo com as conquistas, as piadas sem graças continuam, o sexo feminino ainda é visto como um objeto de desejo sexual, as próprias vestimentas são motivos para julgamentos – muitas vezes, por parte das próprias mulheres. É preciso, sim, de “um basta”, e entender que a mulher pode ser muito mais forte do que muitos dizem.  

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