Sincomércio espera injeção de R$ 15 milhões

Comércio varejista na região de Prudente aguarda crescimento na movimentação com saque do FGTS das contas inativas

PRUDENTE - MARIANE GASPARETO

Data 11/03/2017
Horário 08:55


O Sincomércio (Sindicato do Comércio Varejista de Presidente Prudente) espera uma injeção de aproximadamente R$ 15 milhões na região de Presidente Prudente, com o saque das contas inativas do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), que teve início ontem. "Esperamos só neste mês um crescimento de 10% nas vendas, que deverá se manter estável até o fim do período de saque dos valores, em julho deste ano", esclarece o presidente do sindicato, Vitalino Crellis. Apesar do cenário positivo aos lojistas, a entidade sindical garante que, por enquanto, não haverá promoção ou oferta dos itens, até que ocorra a recuperação financeira do segmento.

Jornal O Imparcial Sindicato espera crescimento de 10% na movimentação do setor

"Nesse começo de ano, a movimentação estava bastante reduzido, então, os comerciantes vão aguardar um pouco para conceder descontos, evitando o risco de prejuízos financeiros", acrescenta o sindicalista. Para o gerente da Tanger, Marcio Fidencio, a disponibilização do dinheiro à população cria uma boa expectativa para o setor, que está acostumado a ter um desempenho melhor quando um valor "excedente" é disponibilizado ao consumidor, como o 13º salário, por exemplo.

"Claro que não haverá um estímulo da magnitude do que ocorre em dezembro, especialmente porque esses recursos não estarão disponíveis a toda população, e sim para uma parcela dela, sendo liberado de forma gradual até julho", declara o gerente. Já a supervisora da Hering Store, Adriana Caraffa Maraffi, lembra que muitos utilizarão os recursos para saldar dúvidas, o que pode melhorar os indicadores de recuperação de crédito. "De uma forma ou de outra, esse dinheiro será injetado na economia local, e as expectativas são as melhores possíveis para o aquecimento do comércio", considera.

O presidente da Acipp (Associação Comercial e Empresarial de Presidente Prudente), Ricardo Anderson Ribeiro, também estima que o montante liberado seja utilizado mais para a quitação de débitos do que para o investimento em novos bens. "Há ainda quem, nesse momento de crise econômica, escolha guardar a quantia para prevenir eventuais necessidades", expõe. Ainda assim, o fato de um "dinheiro novo" ser injetado no mercado já ocorre uma melhora no cenário.

 
Publicidade

Veja também