Sirenes da zona de autossalvamento da barragem da usina de Rosana são testadas nesta quinta

Objetivo é avaliar se mensagens de alerta são compreendidas por toda a população que vive na área de impacto imediato em caso de emergência

REGIÃO - DA REDAÇÃO

Data 24/04/2023
Horário 13:29
Foto: CTG Brasil
Testes visam avaliar alcance sonoro das torres de sirenes instaladas na zona de autossalvamento da barragem
Testes visam avaliar alcance sonoro das torres de sirenes instaladas na zona de autossalvamento da barragem

A CTG Brasil realiza nesta quinta-feira os testes sonoros nas torres de sirenes instaladas nas áreas logo abaixo da barragem da UHE (Usina Hidrelétrica) de Rosana, em mais uma etapa do processo de implantação do PAE (Plano de Ação de Emergência) da barragem.

Com participação das Defesas Civis municipais de Rosana e Diamante do Norte (PR), os testes terão como principais objetivos avaliar o alcance sonoro das cornetas em sua potência máxima e a comunicação entre as torres e a sala de comando da usina, onde está instalado o centro de supervisão do sistema de alerta de emergência da barragem.

“Os testes serão fundamentais para avaliarmos o desempenho da rede de alerta de emergência na ZAS [zona de autossalvamento] da barragem. Esperamos que, com o sistema em sua capacidade máxima, as mensagens de alerta possam ser compreendidas por toda a população que vive na ZAS”, explica Pedro Nunes, gerente de Segurança de Barragem da CTG Brasil.

Zona de autossalvamento, ou apenas ZAS, é o nome dado para a área de impacto imediato, em caso de emergência, localizada logo abaixo da barragem. Neste caso, as torres de sirenes têm o papel de alertar, por meio da emissão de sinal sonoro, a população que vive nessas áreas a se dirigir até o ponto de segurança mais próximo, utilizando as rotas de evacuação já sinalizadas.

Pedro ressalta que "o PAE tem caráter preventivo e todas as barragens administradas pela CTG Brasil são seguras, consideradas de baixo risco e operam dentro do que rege a Lei de Segurança de Barragens".

Como serão realizados

Os testes sonoros do dia 27 de abril ocorrerão entre 13h e 16h30. Durante a ação, serão testados quatro tipos de mensagens e as torres de sirenes serão acionadas pela sala de comando da usina, onde está instalado o sistema de supervisão e acionamento do PAE. Enquanto isso, equipes da CTG Brasil e Defesas Civis municipais estarão posicionadas em diferentes pontos da ZAS para coletar dados como pressão sonora e compreensão das mensagens de alerta.

O som poderá ser ouvido tanto pelas pessoas que residem na ZAS quanto nas proximidades ou que estiverem transitando pela área no momento dos testes.

A população cadastrada nas áreas próximas à barragem está sendo avisada com antecedência dos testes, por meio de mensagens de SMS e WhatsApp, além de carro de som e publicação em redes sociais.

Próximos passos

A UHE Rosana conta com duas torres de sirenes instaladas, uma dentro da usina (ZAS interna) e uma fora (ZAS externa).

Encerrada a fase de testes das torres de sirenes, os próximos passos da implantação do PAE da barragem da Usina Rosana consistem na realização dos exercícios simulados de evacuação com as comunidades residentes na ZAS e participação das Defesas Civis. Todas as ações na ZAS envolvendo a comunidade serão comunicadas com antecedência.

Vertedouros abertos

Em virtude das condições hidrológicas para a bacia do Rio Paranapanema, a Usina Rosana está operando com os vertedouros abertos. Trata-se de uma operação normal, determinada e coordenada pelo ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), para controle de nível do reservatório e não possui relação com os testes das sirenes.

"A Usina Rosana, assim como as demais hidrelétricas do país, tem sua operação coordenada pelo ONS conforme os procedimentos aprovados pela Aneel [Agência Nacional de Energia Elétrica], tanto no que se refere à produção de energia quanto ao controle do nível do reservatório", pontua.

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