Faleceu neste último sábado, aos 92 anos, o sócio-fundador do Grupo Matsuda, Skio Sammi. Há 70 anos no mercado brasileiro, o grupo tem como foco principal o agronegócio, que envolve a produção e comercialização de sementes para pastagens, entre outros segmentos. Ele deixa quatro filhos e seis netos.
Em 1948, Skio Sammi e sua esposa Kimiko Suzuki Sammi (Dona Tereza), acompanhado do cunhado Shichiro Matsuda e sua esposa Fumiko Matsuda (Dona Diva), migraram do campo onde trabalhavam nas fazendas de café na região da Alta Sorocabana, para cidade de Álvares Machado, onde abriram um bar. Dali, unidos no trabalho e na amizade, deram o primeiro passo para a construção de um dos maiores grupos de empresas ligadas ao setor do agronegócio.
Antes de entrarem no segmento da agropecuária passaram pela compra e venda de cereais. Skio Sammi, portanto, costumava viajar por todo o interior do estado de São Paulo e norte do Paraná, comprando pequenas cargas de cereais diretamente com os produtores. Posteriormente, as mercadorias eram trazidas para depósitos alugados ao longo da estação ferroviária de Álvares Machado, local onde criaram uma espécie de entreposto, a Cerealista Matsuda.
Mas, logo perceberam que o amendoim era um produto mais rentável economicamente, e passaram a comprá-lo e revendê-lo para grandes empresas produtoras de doces, sorvetes e pastas, como Kibon, Elma Chips, entre outras. O negócio prosperou tanto que no início da década de 70 compraram a primeira fazenda do que viria a ser o Grupo Matsuda, tal como é conhecido hoje – então, descobriram o verdadeiro ouro do campo, que é o capim forrageiro.
Nessa época, o filho mais velho de Schichiro, Jorge Matsuda, que era estudante de economia em São Paulo, assumiu o lugar do pai no comando da empresa, junto com o primo Arilton Sammi, filho de Skio Sammi, e deu uma “guinada” para a comercialização de sementes forrageiras. Em seguida passou a desenvolvê-las com sua própria equipe de pesquisadores.
A poucos dias do aniversário da morte de Jorge Matsuda, que ocorreu em 1º de janeiro de deste ano, o Grupo Matsuda, ainda enlutado pela morte de seu diretor presidente, sofre mais essa dolorosa perda considerando que Skio Sammi, apesar dos seus 92 anos, era muito ativo, amava o campo e não deixava de visitar a sede da empresa pelo menos uma vez por semana. “Era comum encontrá-lo sempre animado e simpático com os funcionários, conversando com clientes e amigos que por ali passavam. Assim como seus antepassados, Skio Sammi foi um visionário empreendedor que deixará muitas saudades”, destacou o grupo em nota.
O sócio-fundador foi casado com Kimiko Suzuki Sammi (Dona Tereza), com quem teve quatro filhos: Arilton, Mirian, Lucia e Lucy Sammi; e seis netos: Victor, Maria Thereza, lsabella, Matheus, Bruna e Isadora.
Fundado na década de 40, o Grupo Matsuda é uma empresa alicerçada em conceitos de administração, cultura e princípios de organização nipônica, empresa que herdou de seus fundadores a perseverança, o trabalho em equipe e o empreendedorismo.
Há 70 anos no mercado brasileiro, tem como foco principal o agronegócio, que envolve a produção e comercialização de sementes para pastagens, suplementos minerais, rações para peixes, equipamentos agrícolas, inoculantes para silagem e saúde animal.
A empresa também atua no segmento pet com linhas de alimentos para cães e gatos e tem com a Incorporadora Matsuda os residenciais Portinari I e Portinari II.
