Sonho de criança: supervisora do serviço 190 escolheu ser policial aos 6 anos

REGIÃO - MELLINA DOMINATO

Data 19/05/2024
Horário 04:03
Foto: Maurício Delfim Fotografia
Sargento Claudia Ungaro: “Há 24 anos estou cumprindo minha missão, com a mesma inspiração”
Sargento Claudia Ungaro: “Há 24 anos estou cumprindo minha missão, com a mesma inspiração”

“Há 24 anos estou cumprindo minha missão, com a mesma inspiração”. Aos 47 anos, a 1º-sargento Claudia Regina Ungaro Zampieri define assim sua atuação na Polícia Militar do Estado de São Paulo, ofício que escolheu logo aos seis anos de idade, quando via de frente da casa de seus avós a movimentação de uma Delegacia da Polícia Civil e de um Grupamento Policial. “Eu admirava o trabalho dos policiais e, por ser uma cidade pequena, eles eram referências e tinham amizade com meus familiares. Desde então, tive a certeza de que era a profissão que eu queria”, revela a hoje responsável pela supervisão do Copom (Centro de Operações da Polícia Militar), o serviço 190, do CPI-8 (Comando de Policiamento do Interior), órgão que abrange toda a região de Presidente Prudente.

“Nunca pensei em desistir, por mais que, nós, mulheres, desempenhamos diversos papéis, como esposa, mãe, dona de casa... Desistir, jamais”, declara a genitora de três filhos. Conta que, ao comentar do sonho de ser policial, muitos lhe diziam sobre os perigos da profissão, mas nada a fez mudar de ideia. “Fui embora para São Paulo, com o apoio de uma prima, que foi um anjo na minha vida, e prestei o concurso no final do ano de 1998. Passei e iniciei as etapas, que foram os exames físicos, médicos e psicológicos. No dia que fui até onde estavam fixados os resultados dos aptos e inaptos, vi meu nome: apto. Foi a maior alegria da minha vida. Então, nada foi empecilho para que eu levasse adiante meu propósito. Fácil não foi, mas conquistado”, celebra.

Para a sargento, a chegada da policial feminina em um ambiente, até então, estritamente masculino, trouxe flexibilidade, uma política mais social, distinta do uso da força, de anos atrás. “Foi com muita luta e esforço exacerbado que as mulheres se tornaram, ao longo do tempo, pilotos de helicóptero, comandantes e fazem parte do regimento de cavalaria, algo impensável em tempos remotos. Hoje, alcançamos todos os patamares da instituição, com competência, igualdade e um diferencial maternal, no tocante ao aconselhamento em ocorrências de brigas de casais, por exemplo”, relata a policial, que já atuou nas ruas no atendimento de ocorrências e na Ronda Escolar, bem como no Setor de Justiça e Disciplina antes de chegar à supervisão do Copom.

Cedida

Chefe do Copom prestou concurso da PM no final do ano de 1998, quando foi aprovada

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