A SSP (Secretaria de Estado da Segurança Pública de São Paulo) começou a notificar nesta semana cerca de 700 pessoas que estão em posse de um celular com restrição criminal. Essa é uma nova fase do Programa SP Mobile, que também prevê a realização de diligências em diversos endereços do Estado, incluindo o oeste paulista.
Conforme o Núcleo Estratégico Interdisciplinar do Sistema SP Mobile, o objetivo é recuperar os aparelhos que foram roubados ou furtados, mas que voltaram a ser ativados por terceiros — a maioria sem saber da procedência ilícita.
“Após o sucesso dos projetos-piloto realizados em junho e julho, que comprovaram a eficácia do sistema, esta nova fase levará a operação a todas as regiões do Estado, intensificando o combate à receptação de aparelhos roubados e furtados”, explica o coordenador do SP Mobile, delegado Rodolfo Latif Sebba.
Como funciona?
O SP Mobile usa o cruzamento de dados de Boletins de Ocorrência com apoio das operadoras de telefonia para identificar receptadores, cumprir mandados e desarticular redes criminosas de revenda de aparelhos. São duas etapas na fase iniciada nesta semana. A primeira consiste no encaminhamento de 700 intimações para os celulares com queixa criminal que foram reativados, identificados após o cruzamento de dados. Os cidadãos notificados terão três dias úteis para comparecer ao endereço indicado na intimação para fazer a devolução voluntariamente.
No entanto, a pessoa que não atender à intimação no prazo se tornará alvo da segunda fase da operação. Os dados serão enviados às equipes da Polícia Civil, que realizarão diligências para a busca e apreensão do aparelho. A pessoa em posse do celular será conduzida à delegacia e poderá responder criminalmente por receptação, de acordo com as circunstâncias apuradas em cada caso.
Conforme o coordenador do SP Mobile, desta vez, a ação ocorre em maior escala. “Pela primeira vez, a ação de notificação e recuperação de aparelhos deixa de ser pontual e passa a abranger todo o território paulista de forma simultânea”, pontua o delegado. “Além disso, o aprimoramento contínuo do sistema permite uma identificação em massa e muito mais precisa dos atuais possuidores, tornando a operação mais eficiente e assertiva”, complementa.
“Reforçamos a importância de sempre registrar o BO em caso de furto ou roubo, incluindo o número do IMEI do celular. É esse registro que alimenta nosso sistema e possibilita que o aparelho seja encontrado e devolvido ao seu legítimo dono”, conclui Rodolfo.