A partir de segunda-feira, os usuários do transporte coletivo de Presidente Prudente vão pagar mais caro pela tarifa. Conforme decreto publicado hoje, em atos oficiais, o Executivo autorizou o reajuste de 7,14%, e a passagem vai de R$ 2,80 para R$ 3. Entre as argumentações para liberar o aumento de R$ 0,20, a Prefeitura considera a necessidade de atualizar os valores "para assegurar o equilíbrio econômico-financeiro do sistema de transporte coletivo urbano". Para as empresas TCPP (Transporte Coletivo de Presidente Prudente) e Pruden Express, - responsáveis por atender a população prudentina -, com o índice aprovado, a Prefeitura buscou equalizar a necessidade da população com os custos operacionais do serviço. O último reajuste no valor da tarifa local foi efetivado em novembro de 2014, de acordo com o decreto do Executivo.
Usuários de Prudente iniciam o ano com o reajuste de R$ 0,20 na tarifa de ônibus
Como publicado em
O Imparcial, neste ano as empresas requereram um aumento de 51,78% na tarifa, o que resultaria no valor final de R$ 4,25 para o usuário. Como o percentual foi negado pelo poder público, as responsáveis pelo transporte recorreram à Justiça. No entanto, no dia 16 de dezembro, a juíza Cibele Carrasco Rainho Novo indeferiu o pedido de tutela antecipada "para que o aumento da passagem ocorresse agora, por não vislumbrar a alegada urgência informada pelas autoras da ação".
"O primeiro pedido de reajuste foi feito pelas empresas em agosto, para a tarifa subir para R$ 4,25. Achamos o valor muito alto e o prefeito pediu que fosse feita uma avaliação para chegar a um valor justo. Os técnicos da Prefeitura fizeram um estudo de custos e indicaram R$ 3,27 como ideal. Mas o prefeito decidiu fixar em R$ 3", explica o secretário municipal de Comunicação, Marcos Tadeu Cavalcante Pereira.
Empresas
Em nota enviada à reportagem ontem, a advogada das empresas, Renata Moço, reafirmou que Prudente possui a passagem mais barata da região e apresentou a planilha que compara o valor aqui praticado com o de outras cidades como, por exemplo, São José dos Campos (R$ 3,40), Rio Claro (R$ 3,30), Araraquara (3,20), Americana (R$ 3,15), São Carlos (R$ 3,10) e Itapetininga (R$ 3,00). Alega ainda que a medida visa "reduzir um crescente desequilíbrio financeiro entre os custos do transporte urbano e a desatualizada tarifa local".
"A TCPP e Pruden Express, também atingidas pelo atual colapso econômico, postularam através de ação judicial acolhida pela Justiça local, um reajuste imprescindível para poder continuar prestando o tão relevante serviço e honrar os compromissos trabalhistas e salarial, inclusive 13º salário ainda não pago, dos mais de 500 funcionários", expõe a advogada.
Renata argumenta ainda que na ação foi comprovada a viabilidade do percentual de reajuste, considerando o aumento na quantidade de linhas não previstas no contrato original (novos bairros e conjuntos habitacionais distantes), os contínuos reajustes dos combustíveis e dos insumos de manutenção dos carros, bem como dissídios trabalhistas coletivos. "Mesmo concedido um percentual muito abaixo daquele que entendiam justo, as empresas interpretam o posicionamento da atual administração como uma busca de equacionar a questão da forma menos traumática para a carente população", acrescenta.
