Teste confirma troca de bebês

Polícia Civil investigou o caso ao receber denúncia da avó de uma das crianças; recém-nascidos foram trocados em agosto

REGIÃO - GABRIEL BUOSI

Data 14/09/2017
Horário 13:30

A Polícia Civil reuniu na manhã de ontem, em Panorama, as famílias de dois bebês que foram trocados, ainda recém-nascidos, na Santa Casa de Misericórdia do município. Segundo informações do delegado responsável pelo caso, Eliandro Renato dos Santos, os meninos trocados em agosto foram devolvidos às famílias com a ajuda de um psicólogo.

O delegado informa que a suspeita da troca surgiu quando a avó de uma das crianças foi até a delegacia e informou que a pulseira do bebê estava com o nome de outra mulher e não da mãe. Com a suspeita, a polícia iniciou os procedimentos de investigação e, após realização de exames de DNA, concluiu que as crianças realmente haviam sido trocadas. “O primeiro exame feito foi a da mãe que suspeitou do caso, na semana passada. Com a confirmação da troca, também realizamos o exame na outra criança e chegamos ao resultado”, ressalta.

As famílias se reuniram na manhã de ontem e, com o auxílio de um psicólogo, realizaram a devolução dos bebês às famílias biológicas. “As mães estavam muito emocionadas, pois criaram um vínculo com os bebês neste período que estiveram em casa”. Eliandro comenta ainda que, por recomendação do psicólogo presente, foi elaborado um cronograma de visitas entre as famílias, para que o contato não seja perdido e rompido de uma só vez.

Após ouvir as testemunhas do caso, a Polícia Civil concluiu que uma auxiliar de enfermagem, que não trabalha no setor responsável pelas crianças recém-nascidas, foi a responsável pela troca. De acordo com o delegado, a mulher estava “deslocada” para auxiliar no setor e se equivocou ao entregar as crianças para as mães erradas.

O caso será encaminhado ao Fórum de Panorama e a auxiliar de enfermagem receberá uma conduta em cima do artigo 229 do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), que trata como crime “Deixar o médico, enfermeiro ou dirigente de estabelecimento de atenção à saúde de gestante de identificar corretamente o neonato e a parturiente, por ocasião do parto”. A pena vai de 2 a 6 meses de detenção ou multa, se julgado como culposo.

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