Devo ter conversado duas ou três vezes com o ex-prefeito de Presidente Prudente, Virgílio Tiezzi Júnior, que anteontem partiu deste insensato mundo. Chovia muito quando o Sinomar publicou a notícia da morte do Tiezzi. Vai ver a chuva volumosa na manhã de terça-feira era lágrima do céu por Tiezzi.
Nosso pranto por ele, para a família e amigos. Tiezzi estava internado em São Paulo tentando se recuperar de um câncer de próstata. O problema é que o câncer se expandiu. Isto quer dizer que houve o que os oncologistas tacham de metástase.
Virgílio Tiezzi Júnior estava internado no Hospital do Câncer. Tinha apenas 72 anos. Digo "apenas" levando em consideração o avanço da medicina no mundo contemporâneo. Mas, às vezes, os médicos pouco podem fazer. Quando chega a nossa hora não tem jeito, se me permitem me expressar desta maneira.
Como bem lembrou o Sinomar, "Tiezzi foi o prefeito mais jovem eleito na cidade". Tinha só 31 anos quando se elegeu. Detalhe: era prudentino da gema e da clara. Até agora, "o único natural de Presidente Prudente", observou o nosso amado colunista e diretor (olha a bajulação; brincadeira, claro, para aliviar um momento triste).
Mas, como disse na primeira linha do primeiro parágrafo, conversei duas ou três vezes com o Tiezzi. Ele manifestou preocupação com os problemas sociais e até fez uma crítica bem-humorada a um certo ex-governador.
De fala mansa, sem alterar a voz, ele era um sujeito tranquilo. Como se diz hoje em dia, uma pessoa do bem. Importante lembrar que nunca perseguiu ninguém quando foi prefeito (hoje em dia tem muito prefake Brasil afora).
Seu mandato foi de seis anos, incluindo os dois anos de mandato tampão. Tiezzi até poderia se candidatar outras vezes. Ocorre que o mundo gira e a fila anda. É que ele tinha pela frente dois titãs da política local: Agripino Lima e Paulo Constantino, sendo que no caso do PC sua única Andorinha faz verão.
Tiezzi se afastou da política e foi para São Paulo. Recebeu um convite para trabalhar na Sabesp. Ao que consta, exerceu bem sua nova função na empresa que, agora, corre o risco de ser privatizada. Na terça-feira, Tiezzi fez sua última viagem de volta à sua terra natal. Como mencionei, chovia muito. Vai ver o céu chorou por Tiezzi e nós também.
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