Três novos árbitros da região fazem parte - oficialmente - do quadro de arbitragem da FPF (Federação Paulista de Futebol): Lucas Foster Prates, de Presidente Prudente; Brayan Richard Gonçalves dos Santos, de Anhumas; e Felipe Furuuti Dutra, de Álvares Machado.
Com 18 anos, Felipe Furuuti Dutra diz que essa conquista significa muita coisa. “Tive que abrir mão de várias coisas, como lazer com amigos nos finais de semana, de jogar videogame, ir pro treinamento no contraturno da escola, foram muitas coisas”.
Ele conta que está cursando o 3º colegial e tem que passar de ano, para poder atuar como árbitro no ano que vem, pois esse é um dos requisitos. “Abri mão de muitas coisas para ser aprovado, mas estou feliz, é isso que eu quero para a minha vida, minha carreira. Essa aprovação tem um significado de alegria, de sensação prazerosa”.
O mais novo árbitro conta que realizou o teste físico no último sábado de agosto, e não foi o esperado na pontuação. “No dia 6 de setembro fiz a prova teórica e graças a Deus fui super bem. E aí na última quarta-feira, a FPF publicou a lista de aprovados e eu fiquei entre os 57 futuros árbitros”.
O pai de Felipe, o também árbitro Clayton Dutra, declara que sempre teve confiança no filho. “Eu tinha confiança que ele seria aprovado, pois já tem uma certa aptidão pela arbitragem. Está muito novo, tem muito o que aprender, e isso tem um tempo, um processo, não pode pular etapas”.
Felipe ressalta que a aprovação é apenas o começo de sua carreira. “Tenho que continuar pra vida toda os treinamentos, realizar atividades físicas, alimentação balanceada, são vários pilares envolvidos - pilar mental, pilar técnico e físico e pilar social. Hoje faço parte da maior federação de futebol do Brasil, quero aproveitar todas as chances que eles me oferecerem e trabalhar cada vez mais, conseguir divisões maiores, e quem sabe um dia fazer jogos pelo Estado de São Paulo e pelo nosso Brasil”.
Segundo Clayton, Felipe é um dos árbitros mais novos da FPF e afirma que o filho tem um grande futuro pela frente. “A arbitragem não é fácil, o árbitro não carrega apenas o apito, cartão ou sua bandeira, mas também o peso das decisões, a pressão interna e externa, e a exigência pela a imparcialidade. Tem que ter força mental, autocontrole e resiliência necessários para estar nesta função e por essa razão ele está se tornando árbitro. Terá que carregar consigo o equilíbrio e coragem para manter o jogo vivo e justo”.
Felipe já fez mais de 15 jogos entre festival e categorias de base. “O Campeonato Paulista de Base encerra em dezembro, e ele tem a chance de atuar ainda no decorrer de setembro e outubro, depois fica difícil atuar, pois entra na fase final e aí diminui a possibilidade de atuação, devido a ainda ser novo no quadro de arbitragem, mas tenho teste físico em outubro, então tenho que treinar, treinar, nunca parar de treinar (risos), esse é o segredo”.
Felipe iniciou o curso numa seletiva em dezembro de 2024. “Na verdade, a etapa 1 foi de janeiro a março, tinha muita gente, acredito que mais de 200 árbitros. Na etapa 2, foram selecionados 85, e desses 85, apenas 57 vão se formar no dia 30 de setembro. Estou muito feliz em representar nossa região, quero seguir a carreira do meu pai , que já está na FPF há mais de 18 anos”, frisa.
E continua: “Ele já me falou que em 2026 poderá ser o último ano dele, pois já está realizando o processo de transição de carreira. Ele deve continuar como diretor de jogo ou analista de arbitragem, pois se aposentar não, pois ele tem muito para contribuir ainda pelo futebol paulista, tem muita experiência para ensinar os mais jovens, como eu que aprendi muito com ele”.
Lucas Foster, de Prudente, também está na lista de aprovados no quadro de arbitragem da FPF. Lucas é corretor de imóveis e tem 30 anos. Ele conta que a iniciativa de se tornar árbitro de futebol foi porque sempre quis trabalhar no meio do esporte. “Sempre tive vontade de trabalhar com esporte, principalmente no futebol. E ao longo da minha vida, algumas pessoas falavam sobre eu fazer um curso de arbitragem e ai eu fiquei com essa ideia na cabeça, e fiz o curso”.
Lucas disse que estava conversando com um amigo que fez durante o curso de arbitragem, e os dois estavam na expectativa de terem sido aprovados. “No meio da conversa, a gente entrou no site da FPF e a gente acabou vendo nossos nomes lá na lista de aprovados. Foi um momento muito marcante, muito feliz para nós dois”.
Brayan Regiane é de Anhumas, tem 20 anos, faz faculdade de Educação Física na Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Prudente e estágio na Prefeitura da sua cidade, também na área de esportes. Ele conta que sempre gostou de futebol, sempre jogo bola, mas nunca teve o sonho de ser árbitro.
“Quando comecei a fazer a faculdade, nas competições interclasses, foi surgindo oportunidade para apitar os jogos para pode ganhar horas e comecei a me interessar um pouco mais sobre a arbitragem. Numa festa de família, conversando com o Clayton Dutra, ele disse que estavam abertas as inscrições para o curso e daí eu fiz. Não foi nada fácil, mas graças a Deus deu tudo certo”.
Brayan conta que estava em uma palestra da faculdade, e estava ansioso para saber o resultado. “’Tava’ muito ansioso pra saber se tinha sido aprovado ou não. Daí enviaram no grupo o link dos aprovados, e ver o meu nome ali foi o resultado de muito esforço, treinamento e apoio dos amigos, mas principalmente da minha família, dos meus pais”
Cedidas
Lucas Foster, de Prudente, também está na lista: “Um momento muito marcante”
Brayan Regiane: “Ver meu nome ali foi o resultado de muito esforço”
