Tudo leva a crer... foi cedo demais!

EDITORIAL -

Data 04/06/2022
Horário 04:15

Todo mundo pensou que a pandemia estava acabando. Graças à ao avanço da vacinação e às medidas de prevenção sendo tomadas, tivemos alguns meses mais “tranquilos” neste ano. Tudo funcionando, eventos acontecendo, crianças indo à escola, a vida voltando ao seu normal. 
Após completar dois anos de pandemia e com o fim da onda da variante ômicron, todos os Estados brasileiros liberaram, em abril, o uso de máscaras. Alguns deles primeiro apenas em ambientes abertos, outros nos dois. No Estado de São Paulo, com a queda nos índices de contaminação e de mortes causadas pela Covid-19, o equipamento deixou ser obrigatório ainda em março.
O acessório que nos acompanhou durante estes dois anos, nos mais diferentes modelos, materiais e cores, é essencial no combate ao novo coronavírus. Ainda em 2020, estudos já indicavam que o uso obrigatório de máscaras diminuía drasticamente o número de casos.
Como o vírus é transmitido pelo ar e principalmente a curtas distâncias, proteger a boca e o nariz em lugares fechados pode ser o diferencial para evitar um aumento nos casos. E foi o que aconteceu agora, com a liberação. Conforme os dados atualizados nesta semana e divulgados na edição de ontem, a média móvel de casos de Covid-19 chegou a 30.487 notificações diárias no país, maior número desde 26 de março. Apenas uma semana antes, em 25 de maio, a média era de 14.970, menos da metade do registrado atualmente. 
Com a alta de casos e também de internações por diversos lugares, cinco municípios da região até quinta-feira já tinham publicado decretos, obrigando novamente o uso de máscaras em locais fechados: Adamantina, Presidente Venceslau, Sandovalina, Santo Anastácio e Teodoro Sampaio. Diversas outras cidades avaliam no momento e nos próximos dias se o equipamento de proteção voltará a ser obrigatório.
O momento nunca deixou de ser de cautela, atenção e cuidados. As mortes não pararam de acontecer. E os casos positivos, ainda que fossem menos, também continuaram sendo registrados. 
A chegada do frio também colaborou para o cenário. É o período que ficamos mais tempo em ambientes fechados, geralmente com um grande número de pessoas e os vírus circulando mais. Os hospitais infantis agora vivem lotados. Crianças abaixo de 5 anos ainda não podem ser vacinadas. E muitas que podem não se imunizaram. É grande o número de adultos faltosos para as doses de reforço. A situação preocupa. Mas pode ser melhorada.
Use máscara onde puder. Se a criança está com sintomas gripais, mantenha-a em casa, não mande-a para  a escola. Se ela for, que vá de máscara. Explique a importância do item e também as outras formas de se proteger. Dê exemplo, coloque também. Lave bem as mãos, mantenha o álcool em gel sempre por perto, evite aglomerações. Foi cedo demais... Mas vai chegar a hora!
 

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