Unidades prisionais produzem mais de 70 mil mudas de árvores nativas

Privados de liberdade participam diretamente dos trabalhos de manutenção dos viveiros em quatro penitenciárias e são beneficiados com a remição de pena

REGIÃO - DA REDAÇÃO

Data 07/03/2024
Horário 11:05
Foto: Croeste
Reeducandos aprendem manejo do cultivo de mudas na Penitenciária de Marabá Paulista
Reeducandos aprendem manejo do cultivo de mudas na Penitenciária de Marabá Paulista

Quatro penitenciárias subordinadas à Croeste (Coordenadoria de Unidades Prisionais da Região Oeste do Estado de São Paulo) somam uma produção de mais de 70 mil mudas de árvores nativas. O manejo é executado por reeducandos, em uma iniciativa da SAP (Secretaria da Administração Penitenciária), que oferece a oportunidade de conhecimento aos privados de liberdade que participam diretamente dos trabalhos de manutenção dos viveiros. Os detentos também são beneficiados com a remição de pena, ou seja, a cada três dias trabalhados, um dia de pena é reduzido.
Na unidade de Marabá Paulista são produzidas cerca de mil mudas nativas por mês de diversas espécies. O viveiro foi implantado em 2006, por meio de parceria com o IBF (Instituto Brasileiro de Florestas), o que propiciou a capacitação tanto de servidores quanto de sentenciados. Já na Penitenciária Zwinglio Ferreira, de Presidente Venceslau, nos últimos cinco anos, já foram produzidas milhares de mudas de árvores nativas, sendo que as atividades do viveiro foram iniciadas em 2010, com aquisição de insumos, bandejas e tubetes para o cultivo. “Atualmente, várias espécies de mudas nativas e frutíferas são produzidas, sendo fornecidas para prefeituras e produtores rurais. O manejo também é executado por reeducandos que estão no regime semiaberto da unidade”, aponta a Croeste.
Ainda na área de abrangência da coordenadoria, na Penitenciária I de Mirandópolis mais de 11 mil mudas foram contabilizadas. Por fim, na Penitenciária de Osvaldo Cruz, o viveiro funciona desde 2020 e, desde então, já foram produzidas aproximadamente 50 mil mudas, sendo que cerca de 28 mil foram doadas. “A colaboração com as prefeituras municipais de Osvaldo Cruz, Parapuã, Sagres e Tupã tem promovido atividades como a cessão de terra, adubo, balaios, orientação técnica e demais insumos. A penitenciária de Osvaldo Cruz contribui com a cessão de mão de obra dos sentenciados do regime semiaberto e área para cultivo”, esclarece.

Privados de liberdade também são beneficiados com remição de pena pelo trabalho desenvolvido na Penitenciária de Marabá Paulista
 

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