Universidade amplia produção de energia solar com instalação de 336 novos módulos

Investimento beneficia campus 1 da Unoeste e Ambulatório de Especialidades Ana Cardoso Maia de Oliveira Lima, em Prudente

PRUDENTE - DA REDAÇÃO

Data 06/08/2025
Horário 17:00
Foto: Débora André
Ambulatório recebeu 162 módulos para produção de energia
Ambulatório recebeu 162 módulos para produção de energia

A Unoeste (Universidade do Oeste Paulista) ampliou o parque de usinas fotovoltaicas, responsáveis pela produção de energia limpa por meio da luz solar, com a instalação de 336 módulos solares no campus 1 e no Ambulatório de Especialidades Ana Cardoso Maia de Oliveira Lima, em Presidente Prudente.

"A medida fortalece o compromisso de sustentabilidade e inovação da universidade, que integra pelo terceiro ano consecutivo o Times Higher Education Impact Rankings 2025, conhecido como Ranking Mundial de Sustentabilidade", aponta a universidade.

Segundo o engenheiro eletricista da Unoeste, Ednei Zaupa, os novos equipamentos deixam a universidade ainda mais próxima da meta de suprir a demanda energética de todas as instalações em Prudente, por meio da produção fotovoltaica.

Zaupa explica que foram 174 módulos de 605 watts instalados no campus 1, mais especificamente sobre o Ginásio de Esportes. Isso permite um potencial de 105,27 kWp (quilowatt-pico, que é a capacidade máxima de produção nas condições favoráveis). Já no ambulatório, são 162 módulos nos painéis instalados, com 98 kWp. Com essa estrutura, os equipamentos no ambulatório podem chegar à produção de 12.296 kWh/mês. No campus, é de 13.119 kWh/mês.

O novo investimento vem para expandir ações que começaram em 2017 e que, entre os parceiros, estava a empresa SunEvo. Nesta época, teve início a montagem da primeira usina solar no campus 2. Inaugurada em 2019, ela chegou a ser considerada a maior usina solar de geração distribuída do Estado de São Paulo.

“Foi uma iniciativa muito empreendedora do diretor-geral Augusto Cesar de Oliveira Lima, pelo fato de ser uma tecnologia nova, que pouca gente conhecia. Ele acreditou e fez um grande investimento. O resultado está aí hoje: essa usina já se pagou e hoje gera lucro para a universidade através da economia de energia”, diz o representante da Sunevo, Gustavo de Oliveira Lima.

Mais do que benefícios em custos, há a preocupação social. “Além da ideia de economia – já que o custo da energia deve ficar cada vez mais alto nos próximos anos –, existe a responsabilidade socioambiental. Como a universidade tem um alto consumo, ela consegue mitigar esse impacto com essas usinas, produzindo a própria energia”, explica.

Tendência

O representante da Sunevo aponta que o mercado de energia no Brasil é bastante dinâmico e o momento é de expansão do consumo em todo o mundo. Isso abre mais espaço para a energia solar. “Hoje, a energia solar já é a segunda maior fonte da matriz energética nacional. É a fonte com menor custo por quilowatt, o que a torna extremamente competitiva”, diz.

Segundo Gustavo, muitos empresários já passaram a ver a energia solar não como gasto, mas como investimento. “Com a elevação dos preços da energia, o payback [período de retorno de um investimento], que antes era de cinco anos, caiu para três ou até 30 meses. Isso acelerou a adesão à tecnologia”, contextualiza.

A Sunevo, empresa que opera como broker no mercado de energia, é especializada na parte comercial, apoio logístico de instalação e comercialização de usinas de grande porte.

Para Gustavo, o sucesso da parceria com a Unoeste se deve à "visão estratégica" da instituição. “Mesmo distante fisicamente da capital, a direção da Unoeste tem uma visão moderna, pensa em investimentos sustentáveis e de longo prazo. Isso se reflete na qualidade e no reconhecimento da universidade, inclusive com prêmios e notas do MEC [Ministério da Educação]”, conclui.

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