Universitários fazem peças em Braille para Associação dos Cegos

Alfabetos acessíveis vão para as casas dos assistidos pela entidade, a fim de serem utilizados durante aulas remotas

PRUDENTE - DA REDAÇÃO

Data 01/06/2021
Horário 15:20
Foto: Mariana Tavares/Unoeste
Alunos e professores fizeram a entrega dos alfabetos em Braille na entidade
Alunos e professores fizeram a entrega dos alfabetos em Braille na entidade

O curso de Pedagogia da Faclepp (Faculdade de Artes, Ciências, Letras e Educação de Presidente Prudente), da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista), construiu um alfabeto em Braille para atender demanda da Associação Filantrópica de Proteção aos Cegos de Presidente Prudente. O produto foi desenvolvido na disciplina de Práticas Pedagógicas para a Deficiência Visual e entregue na sexta-feira para a equipe multiprofissional da entidade, em sua sede no Jardim Itapura.

Conforme a professora Denise Alessi, a construção do alfabeto partiu de reunião que os alunos da Pedagogia tiveram com os membros da associação, em que foi apresentada a necessidade pela professora de Braille, Cleide Maria de Castro. O processo de produção envolveu ainda o professor de Soroban, Luiz Carlos Souza da Silva. Já pelo curso de Pedagogia da Unoeste, outro envolvimento foi do professor José Pantaleão.

O produto desenvolvido vai para a casa dos usuários, a fim de ser utilizado durante as aulas remotas. Conforme Eliete de Carvalho Margutti, coordenadora da associação, as parcerias com a universidade são essenciais e crescem a cada ano, envolvendo cursos de diferentes áreas da Unoeste. Ela destaca que é um sentimento recíproco e lembra que esses futuros profissionais podem um dia trabalhar com o deficiente visual.

“Vemos o empenho dos professores que conhecem a necessidade da instituição e acabam encantando também os seus alunos, trazendo-os para dinâmicas como essa. Então o olhar do professor que está na universidade, fazendo com que seus acadêmicos conheçam as necessidades da entidade, pode contribuir lá na frente. Pois se eles tiverem alunos com deficiência visual, com certeza terão o conhecimento e a sensibilidade das dificuldades e necessidade de produção de materiais específicos”, considera.

Atendimento remoto

A coordenadora da entidade explica que, desde o início da pandemia, os atendimentos são feitos de forma remota para 98 usuários de 34 municípios, contemplando Presidente Prudente e região. “Temos os grupos psicossocial, de informática e de robótica, atendimentos infantis com pedagoga e psicóloga, entre outros. O mais difícil neste momento de pandemia é manter o vínculo com os usuários. Então, lutamos para conservar as atividades e motivá-los sempre”.

A entidade também ajuda na alimentação dos usuários e suas famílias, enviando cestas básicas mensais. “Tivemos uma queda de doações na pandemia e também não realizamos os eventos tradicionais. Então, estamos com outras campanhas para conseguir recursos, não parar com os atendimentos e não faltar alimento na casa dos nossos usuários que necessitam. Atualmente, temos as lasanhas congeladas, então, é só ligar na entidade para reservar a sua e contribuir”, disse.

Serviço

Para contribuir com a Associação Filantrópica de Proteção aos Cegos de Presidente Prudente, basta ligar no telefone (18) 3223-2511.

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