Urubu

Sandro Villar

O Espadachim, um cronista a favor do vinagre e do vinagrete

CRÔNICA - Sandro Villar

Data 21/03/2024
Horário 05:30

Quase todos os dias observo que urubus dão o ar de sua graça em Presidente Prudente. As aves sobrevoam até mesmo regiões perto do centro. Mesmo com o sol a pino é possível ver alguns urubus. Outro dia um urubu deu um voo rasante na Avenida Ana Jacinta (pensei que era um avião israelense) e pousou em cima de um poste.
Ali se aboletou por um tempão, na frente do prédio onde funcionava uma unidade do Corpo de Bombeiros. Majestoso, o urubu parecia estar vistoriando tudo à sua volta. No trecho só passam carros e, claro, pessoas, a maioria moradores da Cohab e bairros adjacentes.
Por que há tantos urubus em Presidente Prudente? Não tenho a menor ideia. Nem a maior. Com a palavra os especialistas em aves. Certamente há coisas na cidade que interessam aos urubus, que, aliás, são bem grandinhos.
Será que eles encontram ratos mortos e outros bichos em estado avançado de decomposição? Sei lá. Mas que aí tem linguiça debaixo do feijão parece ser líquido e certo e não sólido e errado. Caso contrário, presumo, os urubus não estariam voando pra lá e pra cá, não é mesmo, dona Lalá?
Se há urubus a "dar com pau", não tenho visto mais aquelas pombas selvagens se não  me engano da espécie asa branca, homenageada por Luís Gonzaga com uma música genial, um dos hinos da MPB. Cadê as pombas selvagens?
Até há pouco tempo atrás elas abundavam (desculpe o "palavrão") em quase toda a cidade. Tinha muita pomba. Faz um bocado de tempo que não vejo nenhuma. As pombas selvagens são lindas. É uma pena que deixaram de enfeitar a nossa paisagem. Enquanto isso, tome de urubu e, se for o caso, vá reclamar com o bispo e outros prelados. Afinal, a situação está mais pra urubu do que pra beija-flor.
  
DROPS

Alguns segredos são preservados, outros são cremados.

Alegria, pessoal: o outono chegou.

Filme da Semana no Cine Gaza: "A insensatez dos irracionais", estrelando grande elenco de notórios serial-killers.

Gozado é galope de vaca.
(Millôr Fernandes)
 

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