Uso prolongado de fones de ouvido prejudica saúde auditiva

De acordo com especialista, casos podem surgir de fatores genéticos, doenças infectocontagiosas e problemas de base

PRUDENTE - IZABELLY FERNANDES

Data 27/11/2018
Horário 09:04
Marcio Oliveira - Natalie: "O diagnóstico de perda de audição só consegue ser feito a partir de um exame de audiometria"
Marcio Oliveira - Natalie: "O diagnóstico de perda de audição só consegue ser feito a partir de um exame de audiometria"

Há quem diga que problemas auditivos só atingem o público idoso. Embora, em média, a população comece a perder a audição a partir dos 42 anos, segundo a otorrinolaringologista Natalie Ravazzi Rapchan, em todas as idades deve se seguir orientações para prevenir estes casos. Ela afirma que, mensalmente, em torno de 50% dos pacientes apresentam alguma queixa auditiva, que pode variar de problemas leves até os mais graves. As perdas auditivas reversíveis e irreversíveis podem ser decorrentes do avanço da idade, mas também podem estar vinculadas a fatores genéticos, sequelas de determinadas doenças infectocontagiosas e problemas de base como: hipertensão, diabetes e colesterol.

De acordo com a especialista, hoje as pessoas estão muito expostas a sons e ruídos fortes, que podem prejudicar a audição. “O uso de fones de ouvido por um longo tempo é uma das causas mais prejudiciais, pois trata-se de uma fonte sonora muito próxima ao ouvido. Ruídos fortes, como sons de boates, shows e caixas de som muito próximas também devem ser evitados”, orienta.

Natalie explica que as pessoas costumam sentir zumbidos no ouvido quando começam a apresentar os primeiros sintomas de problemas auditivos. “Há também casos em que o paciente reclama que não consegue entender o que a pessoa fala. Mas o diagnóstico de perda de audição só consegue ser feito a partir de um exame de audiometria”, fala.

Complicações

A médica explica que se os problemas auditivos não forem tratados corretamente, também podem trazer algumas complicações para o dia a dia e bem-estar dos pacientes. Ela explica que a perda da audição pode interferir no aprendizado de crianças que nascem com os problemas. Já nos idosos, essa perda pode contribuir prejudicialmente para a memória do portador. “Hoje existem muitos estudos que associam a perda auditiva ao Alzheimer, por conta da interferência na compreensão e na memória”, conta.

Na fase escolar, a especialista afirma que é comum os casos de otite média silenciosa, que é o acúmulo de secreção em uma cavidade que fica localizada atrás do tímpano e que se comunica com o nariz por meio de um canal. “Esses casos são reversíveis e geralmente conseguem ser tratados com antibióticos”. Para demais casos, como perda auditiva por idade e perdas genéticas, o uso de medicamentos é comum, como protetores de nervos e demais, mas o uso de aparelhos auditivos também se faz presente.

Publicidade

Veja também